Dados recolhidos pela Associação de Caminhoneiros de Ontário (OTA) no ano de 2018 demonstram uma enorme falta de 22.000 vagas em aberto espalhadas pelo país. E a expectativa é que a necessidade aumente consideravelmente, chegando a 34.000 oportunidades de empregos em 2024.
O que está por trás disso, por que então existe escassez de mão de obra?
A profissão não é considerada high skilled (pessoa altamente qualificada) e não se encaixa no momento dos programas de imigração do governo, demonstrando que há poucas chances de um experiente caminhoneiro estrangeiro conseguir imigrar desta forma.
Os maiores parceiros comerciais do Canadá em rotas de ida e volta de caminhão são os estados de Michigan, Califórnia e Texas e isso quer dizer viagens longas e muitos dias fora de casa, desestimulando a procura.
A falta de motoristas para longas distâncias é sentida em todo o país, mas é ainda mais pesada em Ontário que tem mais da metade de todas as transportadoras do Canadá.
No Canadá é até possível dirigir caminhão após os 18 anos, porém no país vizinho a idade mínima é de 21 anos e muitas empresas, por precaução, só contratam quem já passou dos 23 anos.
Os salários não são ruins para caminhoneiros do Canadá
Para os analistas da área, a culpa dessa escassez de mão de obra é de seu envelhecimento. Mas o que mais surpreende nisso tudo é a falta de interesse dos jovens canadenses por uma profissão que paga em torno de CAD$44.000 a CAD$110.000. Isso representa mais que a média dos ganhos de um professor, por exemplo, que segundo o site payscale.com faturam anualmente cerca de CAD$60.000 por lá.
Porém, atualmente quem hoje chega de fato a ser caminhoneiro costuma ter entre 40 e 65 anos. São pessoas buscando uma segunda carreira e que o mercado recebe de braços abertos, mas a verdade é que o problema da aposentadoria não demora muito a reaparecer nessa faixa etária.
Por tudo isso, a OTA – Associação de Caminhoneiros de Ontário, têm procurado seduzir as mulheres através de uma série de eventos. O esforço tem apresentado sinais positivos e a presença feminina no setor até dobrou, mas mesmo assim ela é muito baixa, ficando em torno de 6% do total dos motoristas canadenses.
Redação – Brasil do Trecho
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