Sem dinheiro, Caminhoneiro Zé Trovão pretende voltar ao Brasil

Zé Trovão havia saído do Brasil ainda em agosto e pediu asilo no México
Foto: Reprodução / redes sociais

Há um mês foragido no México, Zé Trovão estaria com dificuldades financeiras e quer voltar para o Brasil.

Pedido de asilo político

Há um mês no México e foragido da justiça brasileira, Zé Trovão pede para voltar ao Brasil. Face às dificuldades financeiras, solicitou também asilo político no México. Comentou que se conseguir autorização para retornar ao Brasil, se apresentaria espontaneamente à justiça. 

Quem é Zé Trovão e o que ele cometeu para ser perseguido pelo STF do Brasil

Marcos Antonio Pereira Gomes (o Zé Trovão) é um caminhoneiro que ganhou o noticiário na em setembro como ator principal na mobilização de atos antidemocráticos na comemoração do dia da Independência do Brasil de 07 de setembro, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. 

Responsabilizado por incitar manifestações golpistas, teve o mandato de prisão solicitado pela Procuradoria Geral da República – PGR, sendo determinado pelo Ministro Alexandre de Moraes do STF, após ser decretado mandato de busca e apreensão e de prestar depoimento à Polícia Federal. 

A defesa de Zé Trovão anexou uma petição ao inquérito que investiga os organizadores dos atos de sete de setembro e nesse documento afirma que ele é pai de uma criança recém-nascida em Joinville e que depende da renda do trabalho e além disso, estaria disposto a se apresentar à justiça brasileira, tão logo receba uma autorização para retorno! 

Trovão decide continuar foragido

Localizado no México, gravou um vídeo em 09/09 afirmando que inicialmente iria se entregar à polícia, onde a embaixada brasileira teria entrado em contato com o hotel em que ele se encontrava e que estaria sendo preso politicamente no Brasil por crime de opinião, afirmou.

Porém em um novo pronunciamento, voltou atrás e decidiu que permaneceria em fuga, coincidindo com o recuo do presidente Jair Bolsonaro, que publicou uma nota defendendo as instituições.

Acusado de organizar manifestações violentas

Zé Trovão foi acusado de organizar manifestações violentas ao Congresso Nacional e à Suprema Corte, utilizando as redes sociais, descumprindo ordens cautelares determinadas anteriormente por Alexandre de Moraes e ainda ignorou decisão que o proibia de participar de transmissões ao vivo ou em redes sociais de terceiros, já que seus perfis foram bloqueados por determinação do STF. Porém no mesmo dia do decreto de sua prisão, participou de uma live junto aos seus apoiadores.

De longe, Zé Trovão tem orientado os movimentos, defendendo que a manifestação continuasse, onde teria convocado a classe para uma paralização a partir das seis horas do dia 09 de setembro, dizendo em vídeo para fecharem tudo, não deixando passar nada, somente ambulância, oxigênio e remédio, alegou em um vídeo. Essa ação ocorreu após o representante do advogado dele, Erick Carvalho, não ter sido recebido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para que se discutisse o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. 

Já o presidente Jair Bolsonaro pediu para que desbloqueassem as vias, em áudio que precisou ser confirmado pelo ministro Tarcísio Freitas da Infraestrutura, ante a incredulidade de seus apoiadores. O presidente da república que atualmente está sem partido, pediu uma trégua e falou que a paralização prejudica a economia e os mais pobres. A postura do presidente de recuo teve efeito entre seus aliados e culminou na inflexão de Zé Trovão.

A prisão de Trovão é aguardada, marcando um novo capítulo do fim das tensões levantadas no feriado da Independência do Brasil.

Redação – Brasil do Trecho