Eles consideram que toda ajuda é bem vinda, mas também insuficiente em especial para quem realiza grandes trajetos.
Muitos acreditam que o valor não vai dar para suprir nem 10% do que gastam.
A categoria recebeu a notícia do auxílio caminhoneiro com receio. Aqueles que fazem curtos trajetos até gostaram da ajuda, porém os caminhoneiros que efetuam longas distâncias reclamam que não houve critério para distinguir o pagamento do benefício.
Essa distinção seria importante e para que aqueles que gastam mais deveriam receber mais do que os R$ 1.000 propostos. A primeira parcela do benefício está programada para pagamento em 10 de agosto e vai até dezembro (5 parcelas).
Rubenilson S. Aguiar é caminhoneiro autônomo e comenta que percorre pequenos trajetos, gastando em média R$ 4 mil reais por mês e alega que mesmo assim, o valor do auxílio do governo não é suficiente para cobrir os gastos que possui.
Ele comenta que torce para que o caminhão não quebre. Ele trabalha por conta própria e o custo que possui é tão alto, que não sobra praticamente nada ao fim do mês.
O benefício será pago para os caminhoneiros que constarem no RNTRC – Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas e o cadastro deveria ter sido feito até 31 de maio deste ano.
Os detalhes do pagamento ainda estão sendo verificados e os ministérios envolvidos estão trabalhando nisso.
O diretor da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo, Everaldo Bastos, orienta os caminhoneiros a procurarem o sindicato de sua região para atualizarem seus cadastros, evitando qualquer impedimento de pagamento.
O caminhoneiro Paulo Lima que faz grandes trajetos alega que toda ajuda é bem vinda, mas é insuficiente para cobrir seus gastos com combustível.
Já para o caminhoneiro experiente Rogerio Langamer, que possui mais de 22 anos de estrada, comenta que não vale mais a pena ter seu próprio caminhão, pois os gastos com diesel e manutenção não compensam.
A Abrava – Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores se manifestou a respeito da proposta do governo e em nota disse que R$ 1.000 não resolve o problema dos caminhoneiros e defendeu o fim do modelo que reajusta os preços de acordo com o mercado internacional do barril de petróleo.
Resta aguardarmos como será o comportamento dos reajustes da Petrobras nas próximas semanas, pois poderá acarretar definitivamente em uma tentativa frustrada do governo de amenizar o gasto com os combustíveis.
Redação – Brasil do Trecho / Com informações R7