Qual caminhoneira tem sua história contada por, nada mais nada menos, que Sula Miranda, a Rainha dos Caminhoneiros?
Veridiana Henning mais conhecida como Pakita BR 153 é uma caminhoneira catarinense da cidade de Mafra
Pakita BR 153, nome Veridiana Henning, catarinense de Mafra, atuou antes como professora e modelo, mas seu sonho sempre foi dirigir um caminhão.
Ela conta que no início não foi nada fácil, pois não tinha qualquer experiência com caminhão e então teve a ajuda de uma transportadora, para adquirir experiência e em seguida poder pegar as estradas.
Ela além de carreteira experiente é também youtuber e registra todos os momentos na boleia de seu caminhão que é chamado de “Príncipe da Paz”.
Sula entrevista Pakita, que recebeu esse apelido dos próprios caminhoneiros, por ser loira e muito bonita.
Ela comenta que já atua há cerca de 16 anos em uma grande transportadora e que quando começou tinha em torno de 21 anos de idade e foi uma das primeiras mulheres a começar.
Tirou a carteira de habilitação com 18 anos e após atuar em outras profissões sonhava em pegar as estradas na boleia, mas dirigindo seu caminhão. Ela fez concursos de beleza, miss, chegando a ganhar vários.
Leia Também:
Ser caminhoneira para ela é um sonho de infância, influenciada pelo seu pai e avô que atuaram nessa profissão. Seu pai sempre levava caminhões para seu irmão, diz, mas quem acabava brincando com eles era ela mesma.
Seu pai vinha muito de caminhão de São Paulo e sempre que podia levava ela e então foi pegando gosto.
Pakita diz que se cuida e é muito vaidosa, mas que é chocólatra e já comeu muita besteira nas estradas.
Ela atuou na parte administrativa de uma transportadora e sempre pedia para seu patrão deixar pegar a estrada, mas ele não permitia, dizendo que ela não tinha jeito de trabalhar com isso.
Uma vez a atual esposa de seu pai, disse que tinha uma empresa que estava precisando de motorista e que ela era a única mulher dentre vários homens que queriam a vaga.
Ela encarou o desafio, mesmo sabendo que iria carregar e descarregar, além de dirigir. Em apenas uma semana ela foi pedir as contas, pois teve até febre, mas ao invés disso ela recebeu dois ajudantes e assim permaneceu, carregando botijões de gás.
Após pegar experiência, ela saiu dessa empresa e foi dirigir uma carreta bitrem e foi trágico, pois acabou entortando a carga de madeira que acabou rasgando a lona.
Ela disse que queria sair do bitrem e acabou pegando o sider. Dali pegou um caminhão baú e acabou pedindo as contas, pois desejava atuar em outra grande transportadora.
Ao chegar a transportadora, nervosa e totalmente molhada com a chuva que caía, fez um teste e passou. Então um senhor muito atencioso perguntou se era isso que ela queria mesmo e ela disse que sim e que daria um conselho para ela: na dúvida nunca ultrapassa!
Ela guardou esse conselho e segue até hoje!
Dali ela deslanchou! Dizia que naquela época, não parava nem para descansar direito e que novamente chegou a querer parar, mas insistiu e hoje ela “tira tudo de letra”!
Vinda de uma família de caminhoneiros, Pakita comenta que batizava seus caminhões com apelidos carinhosos. Promessa, Príncipe da Paz etc.
Desde pequena ela diz que sua família a ensinou e foi criada na fé e que esses nomes de seus caminhões são relacionados a essa fé. Ela diz que um dia olhou para o céu e falou… “Pai eu quero ser caminhoneira eu não sei como vai ser isso, mas o senhor sabe” e dois anos depois, ela já estava atuando em uma grande transportadora.
Em relação à tecnologia, ela diz que hoje em dia os fretes são todos por aplicativo e acredita ser muito mais seguro e que o GPS ajuda muito na condução também.
Seu maior desafio nessa profissão foi se sentir segura em dirigir o caminhão e superar o preconceito, por acharem que ela não era do ramo por ser muito bonita e modelo anteriormente.
Antes, seus próprios colegas de trabalho agiam dessa forma preconceituosa, mas ela aprendeu a superar tudo isso e que na verdade isso acabava alavancando sua força de vontade.
Ela diz que nunca sofreu um acidente, mas que uma vez um carro entrou e cruzou sua frente e ela parou, veio a polícia e relatou tudo o que ocorreu. O guarda achava que aquilo não tinha acontecido com ela, até ela convencê-lo que era ela mesma a condutora do caminhão.
Por solicitação de seus fãs ela acabou virando uma youtuber com a ajuda da caminhoneira Sheila Bellaver em que é muito grata por tudo o que ela lhe ensinou.
Hoje Pakita BR 153 é uma influenciadora e deixa como conselho para as Pakitas que estão por vir, que nunca desistam de seus sonhos e que pedras no caminho vocês terão, mas Deus confortará!
Sula Miranda pergunta sobre o fato dela aparecer muito de shortinho nas redes sociais e pergunta como ela lida com isso? Ela informa que desde pequena era repreendida por sua Mãe, mas que sempre gostou e hoje acha isso tudo muito divertido e engraçado, pois sempre agiu dessa forma e nunca mudou!
Sua filha uma vez disse para ela não olhar mais os comentários na internet e ela seguiu esse conselho que a ajudou bastante. Muito orgulhosa de sua filha que passou para faculdade federal de medicina, diz que teve a oportunidade de educá-la e que Deus novamente ajudou.
Ela conta que quando comprou seu primeiro caminhão, chorou muito e agradeceu a Deus, pois foi ele quem deu!
O caminhão não caiu do céu não, ela batalhou muito, mas agora ela diz que chegou no auge de sua profissão e que Deus a ajudou a mostrar todo o caminho.
Muito religiosa, carrega uma bíblia em sua boleia e sempre que pode dá uma lida!
Quer saber mais? Então assista ao vídeo, pois é uma lição de vida para muitas pessoas!
A incrível, determinada, talentosa, competente e linda Veridiana Henning, mais conhecida como Pakita BR 153!
Redação – Brasil do Trecho / Informações PodCast Sula Miranda