Idoso mostrando seu caminhão antigo

Seu Luis é mais um amante e proprietário de um modelo Ford F500 V8, um belíssimo caminhão que se restaurado, daria o que falar.

Foto: Juliano Jeep Willys

Trata-se de um modelo Ford F350 V8, a segunda geração de utilitários Ford no Brasil.

Esse caminhão restaurado ficaria simplesmente demais

Seu Luis é mais um amante e proprietário de um modelo Ford F350 V8, um belíssimo caminhão que se restaurado, daria o que falar.

Orgulhoso, ele comenta começa mostrando a grade frontal, o motor, o interior e a carroceria, que precisam de uma boa reforma, mas que é considerado seu veículo de trabalho e que aos poucos, seu Luis está tentando deixar ele em condições de rodar.

O que muitos não conseguem ver é que esse modelo de caminhão é belíssimo, uma joia rara e que precisa apenas de atenção e dinheiro para deixá-lo como na década em que foi fabricado.

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Vamos contar um pouco da história desse modelo

Em 1961 já como modelo 62, chegava ao mercado brasileiro a segunda geração de utilitários Ford, o F350.

Esse caminhão na época foi considerado um dos modelos mais bonitos fabricados pela Ford e também era a picape da família. Ele vinha com um motor V8 a gasolina, na prática era um facelift, da primeira geração de 1957.

No início da década de 1980, modelos F350 eram facilmente encontrados abandonados em oficinas mecânicas ou em terrenos baldios, vistos como verdadeira sucatas e sem qualquer valor de mercado. 

Hoje uma unidade com um processo de restauração de primeira linha, pode chegar facilmente aos $ 22.000 dólares, ou seja, aproximadamente R$ 116.600.

Cumpria seu papel para um utilitário com tecnologia da década de 1960, confiável na cidade e estável, tinha capacidade de carga de até 500 kg. Seu motor era o Ford V8 272 de 4.5 cc , era confiável e muito eficiente, mas os valores das manutenções preventivas e corretivas, eram de um carro de alto custo.

Seu câmbio era manual e seus engates não eram muito precisos, principalmente após dois ou três anos de uso, mas atendia as expectativas da época para um utilitário.

Seu consumo para um motor a gasolina V8 de uma picape da década de 60 ao fazer 3,8 km/l na cidade, não era considerado nenhum absurdo para a época.

Ele vinha com faróis redondos de lentes boleadas e duplos na horizontal. Tinha setas dianteiras posicionadas abaixo dos faróis. Seus para–choques vinham em lâminas de aço carbono, pintados sempre na cor branco.

Tinha uma grade de ar do motor na cor branca também e uma moldura única que acoplava seus faróis e setas. Os retrovisores externos eram de haste e cromados.

Suas rodas eram de aço, tradicionais da família Ford. Tinha maçanetas cromadas, uma logo da “Ford F350”, na tampa do motor. A lanterna traseira vinha em uma cor única. Tinha bagageiro, carroceria de aço, com assoalho de madeira.

Por dentro, seu painel vinha com mostradores básicos em escala de 180° e circular. O acabamento do painel era em aço na cor da carroceria. Vinha com um volante de três raios.

Possuía acendedor de cigarros, cinzeiro (típico para a época). O acionamento dos vidros era manual e basculante. Vinha com sistema mecânico de travamento das portas e retrovisores com ajuste externo manual.

O acabamento dos bancos era em courvin e o acabamento das portas em aço. O assoalho era emborrachado e o porta-malas tinha carroceria de aço com assoalho em madeira.

Seu Luiz, como muitos caminhoneiros enxerga tudo isso e vai muito além do que os olhos normais conseguem ver. 

Se esse caminhão fosse restaurado, daria um belo exemplar da marca, pois ele foi considerado um dos modelos mais bonitos de sua época, fabricado pela montadora Ford.

Parabéns seu Luis. Que o senhor consiga realizar o sonho de ter seu veículo em boas condições de uso!

Redação – Brasil do Trecho