Os caminhoneiros enfrentam muitas dificuldades para entregarem suas cargas.
Muitos caminhoneiros já devem ter enfrentado situações que comentaremos a seguir
É fato de que os caminhoneiros enfrentam muitos problemas antes, durante e até depois de conseguirem carregar e entregar suas cargas nos destinos desejados.
Porém, esses problemas têm aumentado bastante ultimamente. Conheça alguns deles:
1º lugar) Desemprego – com a queda brutal da atividade econômica no Brasil, caiu drasticamente a quantidade de bens à serem transportados. Por isso, as empresas não precisam da mesma quantidade de motoristas que necessitavam antes. Como resultado, apareceram muitas demissões de empregados e reduções de viagens para os autônomos.
2º lugar) Frete baixo – Com a crise tudo aumenta muito rapidamente e a concorrência também, com isso o valor do frete tem se mantido baixo e os ganhos estão cada vez menores, muito se deve ao aumento dos custos, como o dos combustíveis, por exemplo.
Para piorar a vida dos caminhoneiros, tem frete mais barato hoje do que em anos atrás, fazendo com que o que se ganha seja ínfimo e mal dá para cobrir os gastos. Por total desespero em querer trabalhar e conseguir trazer um mínimo de alimento para sua família, muitos caminhoneiros acabam aceitando.
Também não está sendo possível, fazer manutenções, pagar todas as contas, fazer financiamentos, comprar alimentos para sua família e demais situações como um plano de saúde familiar, um seguro do caminhão etc, tudo está muito difícil para o caminhoneiro prosseguir nessa profissão. Muitos estão preferindo ficar parados do que trabalharem de graça.
3º lugar) O preço do combustível – O combustível representa em torno de 50% dos custos do frete e dificulta a vida do estradeiro. Mesmo com as pequenas baixas no valor do diesel, os aumentos representaram um índice muito superior em relação aos índices das reduções e continua altíssimo para o caminhoneiro.
O preço do diesel é um verdadeiro absurdo e com o frete se mantendo ao mesmo valor baixo de sempre, sem reajuste, a dificuldade só aumenta desestimulando muitos caminhoneiros de desejarem continuar no ramo.
4º lugar) a insegurança – Esse problema tem se potencializado nas estradas brasileiras. A última moda agora é o roubo de pneus de todo o conjunto, mas na verdade os roubos de cargas, sequestros, assaltos e até mortes, infelizmente fazem parte da vida cotidiana dos caminhoneiros.
A insegurança só aumenta. Em várias localidades já conhecidas isso ocorre com frequência e até durante o dia mesmo. As polícias alegam falta de pessoal para combater o crime e os governos federal e estadual não tem uma operação conjunta, capaz de suprirem essa necessidade e não se manifestam.
5º lugar) Os preços dos pedágios – Apesar de existir a Lei do pedágio, muitos caminhoneiros sofrem com esse problema, pois diversas empresas não respeitam a Lei e não são punidas, desestimulando as denúncias pelos motoristas.
Falta fiscalização quando se tem uma denúncia e o transportador acaba arcando com esse problema. Os caminhoneiros reconhecem quando ocorrem melhorias na infraestrutura das estradas, porém o alto preço que acabam pagando por isso é uma verdadeira vergonha e abuso das concessionárias que controlam esses trechos só aumenta, fechando contratos absurdos com o poder público.
Com o valor do frete baixo e o do diesel caro, esse problema dos preços dos pedágios deixa a situação do caminhoneiro cada vez mais difícil.
6º lugar) Jornadas exaustivas e baixa remuneração – A jornada de trabalho sempre foi longa para os caminhoneiros, mas nas últimas décadas, os acidentes por conta do cansaço aumentaram consideravelmente, por que para tentarem cobrir os custos das viagens, os caminhoneiros acabam trabalhando por mais tempo que o normal, principalmente para cobrirem os aumentos sucessivos dos combustíveis.
A Lei do Descanso teria o papel de reduzir esse problema da jornada excessiva, porém apesar dela ter sido sugerida pelo governo, não se tem controle ou uma fiscalização adequada e os acidentes só se acumulam. Se seus salários fossem melhores, eles não precisariam rodar tanto. Também a falta de infraestrutura adequada, como pontos de paradas com segurança e custo de estacionamento devendo ser subsidiado pelo governo, fazem com que muitos caminhoneiros tenham que rodar bastante até encontrarem um ponto melhor.
7º lugar) A falta de respeito – Não existe caminhoneiro que nunca tenha sido desrespeitado ao carregar ou descarregar produtos, seja também pela polícia, pelo porteiro da empresa ou por alguma outra pessoa durante a sua jornada.
Existem empresas que planejam mal seus carregamentos e acham normal deixarem os caminhoneiros esperando dias para conseguirem atuar e isso é mais um absurdo que eles enfrentam. A vida de nossos irmãos não é nada fácil.
Falta treinamento adequado e atenção por parte das empresas para essa finalidade, que mesmo sendo grandes grupos, não possuem uma área adequada ou infraestrutura para humanizarem os serviços logísticos voltados para os caminhoneiros, que não verdade são seus “parceiros” pois escoem a produção dessas empresas para os diversos estados do Brasil.
Mesmo assim são tratados com indiferença, sem qualquer respeito, por muitos grupos empresariais e isso tem que mudar, não pode mais continuar dessa forma. Os porteiros das empresas devem ser treinados com frequência, para um melhor atendimento para essa categoria.
8º lugar) Exame toxicológico – O polêmico exame obrigatório toxicológico, vêm sendo muito discutido também pela categoria, em especial pelo seu alto preço, que pode variar de região para região de R$ 140,00 a R$ 220,00 e isso para combater uma pequena parcela representativa dos caminhoneiros.
O que muitos profissionais do transporte relatam é a demora dos resultados dos exames, que levam em média 48h só para ficarem prontos e terem resultados negativos, fazendo com que percam oportunidades de trabalho. Deveria ser uma situação mais rápida e o resultado em menos tempo também.
Como sugestão o exame toxicológico deveria ser realizado em situações de desconfiança do agente de polícia e não ser obrigatório para atingir uma ínfima parcela, adicionando mais um custo para a categoria. Assista ao vídeo na íntegra e tire suas dúvidas deixando aqui seus comentários.
Redação – Brasil do Trecho