O Governo Federal impede a Petrobras de reajustar os preços até a votação em segundo turno
Os preços dos combustíveis agora cobrados pelos atuais donos estão acima ainda dos preços praticados pela Petrobras, ou seja, 6,4% para a gasolina e 2,44% para o diesel à maior.
O estado da Bahia que teve a Refinaria de Landulpho Alves (atual Refinaria Mataripe) privatizada em 2021, agora paga pelos preços dos combustíveis ainda mais caros do que os praticados pela Petrobras, pondo a tese por “água abaixo” de que privatizar faria os preços dos combustíveis caírem.
O Aumento de 6,4% para a gasolina e 2,66% para o diesel acima dos praticados pela Petrobras, se deve aos novos e recentes reajustes previstos pelo mercado internacional, que controla os preços dos barris de petróleo, que provocam também o aumento dos preços dos derivados de petróleo, como o diesel, a gasolina, o querosene de aviação etc.
Com isso a Bahia e os estados vizinhos, pagarão agora por combustíveis mais caros ainda que os praticados pela Petrobras e o mais impactante é que outras refinarias que foram privatizadas e as que estão por privatizar caminharão exatamente pelos mesmos passos!
Isso nos leva a crer que a tese de que privatizando as refinarias tornariam a concorrência maior e com isso os preços cairão vai totalmente por água abaixo e ainda pode provocar aumento da inflação nessas regiões em patamares ainda maiores, ou seja, como os preços dos combustíveis dessas regiões estarão mais caros, os preços dos fretes de todos os produtos e serviços também encarecerão, como os dos alimentos em geral, por exemplo e muitos outros também. O problema é que esses reflexos dos aumentos dos preços dos combustíveis, com o avanço das privatizações das Refinarias, também se multiplicarão por todos os outros estados.
E agora? Como ficarão no futuro os preços dos combustíveis se todas as Refinarias da Petrobras forem privatizadas?
Se antes tínhamos alguma dúvida, agora não temos mais. Os preços em geral dos produtos e serviços nessas localidades tendem a aumentar se nada for feito, se nada for impedido. Isso inclui os preços das peças dos veículos, como caminhões, ônibus, automóveis em geral e consequentemente, manutenções mais caras ainda, além dos alimentos, medicamentos utensílios em geral.
Já o governo Federal proibiu a Petrobras de efetuar novos reajustes até a data de votação em segundo turno em 30.10, porém, após essa data certamente teremos de volta os aumentos galopantes, sem qualquer outra forma de controlá-los, brecá-los ou subsidiá-los.
Sabemos que política de preços da Petrobras reajusta os preços dos combustíveis de acordo com o mercado internacional de preços, que ocorrem de acordo com a variação do dólar e da cotação do preço do barril de petróleo mundial.
Contudo, deveríamos ter uma forma de contornar essa situação, seja subsidiando e diluindo com o aumento da produtividade das refinarias, (mas que estão sendo vendidas), seja na forma de ter uma política interna distinta da política externa, afinal a Petrobras não é uma empresa privada e sim uma estatal ou simplesmente modificando a política atual. Somente assim a diminuição dos valores praticados não seria provisória, como está ocorrendo.
O contrabalanceamento dos preços internos da gasolina, diesel, querosene de aviação, gás automotivo, gás de cozinha, etanol etc, sendo custeados com um aumento da produção dos derivados de petróleo em nosso país, impediria a importação destes produtos, permitindo que o Brasil não desembolsasse mais bilhões de reais ao ano, comprando-os externamente.
A solução do governo Federal de brecar os preços até as eleições para segundo turno em 30.10, não resolverá o problema principal dos brasileiros que é o aumento da inflação impulsionada pelo encarecimento dos produtos e serviços, dos aumentos dos fretes e estes pelos aumentos galopantes dos derivados de petróleo, que certamente ocorrerão após as eleições, isso sem falarmos ainda do aumento das taxas de juros, que é um outro problema. É esse conjunto de fatores que impede os brasileiros de aumentarem seu poder aquisitivo e de crescerem.
Redação – Brasil do Trecho