Uma decisão no ano de 2010 proibiu a circulação da carreta 4 eixos no país

Uma das carretas que são muito utilizadas em estradas brasileiras são as chamadas quatro eixos, mas por muito tempo era ilegal trafegar com uma carreta com essa configuração. Vamos entender toda a história por trás disso?

A carreta quatro eixos foi criada por Dirceo Sironi, dono da transportadora Sobre Rodas, e chegou às estradas brasileiras no ano de 2008, mas apenas após dois anos de sua criação o governo acabou barrando a circulação da carreta em sua fase de homologação.

O argumento usado para não permitir o tráfego de carretas quatro eixos era em relação à segurança onde foi constatado que o equipamento não trazia confiança tanto para o motorista como para os demais componentes do trânsito.

A carreta foi tida como instável, o que trazia dificuldade na hora da frenagem e contribuía para redução da vida útil do asfalto pela quantidade de peso que levava e tracionava.

Algumas mudanças foram feitas em oficinas que se especializaram no modelo e  começaram a adaptar vanderleias em carretas LS e quatro eixos onde trabalhadores e empresas de pequeno a grande porte aderiram a essas transformações, entretanto mais uma vez o governo barrou uma nova tentativa de homologação.

A situação acabou virando uma guerra entre donos de carretas quatro eixos e o governo, onde muitos entraram na justiça relatando gastos nas modificações dos veículos e prejuízo com os caminhões parados.

As grandes transportadoras até tiveram êxito em ressarcimento, mas o caminhoneiro autônomo acabou tendo um grande prejuízo. Em maioria foram obrigados a trabalharem dentro da ilegalidade.

A fama de perigosa da carreta pode ter vindo de adaptações feitas de forma diferente da original em oficinas que mudaram determinados pontos do projeto.

A carreta 04 eixos é proibida no Brasil?

Desde o dia 03 de janeiro de 2022 vigora a resolução que alterou o limite de peso e dimensões de caminhões pesados fazendo com que a carreta 4 eixos não seja mais proibida em estradas brasileiras.

Esse tipo de implemento pode levar até 10 toneladas a mais por viagem, gerando maior lucratividade para o transportador autônomo de cargas e empresas de fretes.

Redação – Brasil do Trecho