Estradas esburacadas, baixos salários e pouca valorização são uns dos motivos da negação dos caminhoneiros em seguirem na profissão
O estado de Mato Grosso do Sul acumula um déficit de ao menos 5.000 caminhoneiros, conforme dados do Setlog-MS (Sindicato das empresas de transporte de cargas e logística de Mato Grosso do Sul).
Existe cerca de mil vagas em aberto para os profissionais caminhoneiros, mas para suprir toda a demanda do estado seria necessário ao menos 5.000 motoristas para ocuparem todas as vagas e trabalhos.
Parando para pensar, refletimos, por que em um setor onde vemos tantos caminhoneiros pedindo apenas uma oportunidade de trabalho, existe esse déficit tão alto em Mato Grosso do Sul?
O estado compõe uma região que faz parte de escoamento de grãos, ou seja, a profissão caminhoneira é essencial para que o agronegócio tenha a continuidade no seu processo.
Listamos abaixo algumas das principais reclamações do porquê alguns caminhoneiros evitam de trabalhar na sua profissão e preferem exercer outras funções para o sustento de sua casa.
- Salário baixo;
- Desvalorização da profissão.
Para os caminhoneiros autônomos os tópicos ainda aumentam:
- Saudade da família;
- Preço do diesel;
- Preço do frete;
- Locais sem pontos de paradas;
- Postos com banheiros sem condições de uso;
- Péssimas condições das estradas.
Os profissionais pontuam que empresas cobram qualificação dos caminhoneiros, que na maioria das vezes não tem ânimo para investir em uma profissão que está defasada.
Nesse caso o investimento vem apenas da parte do colaborador e não do contratante, muito menos do governo.
Com tudo isso a Setlog-MS pontuou que ao menos 70% das empresas do estado sul mato-grossense estão com déficit de caminhoneiros e para tentar diminuir a falta dos profissionais foi criado alguns benefícios através do governo.
Através da Lei 6.055 foi criado pelo governo o voucher transportador que garante qualificação de forma gratuita a motoristas de transporte de cargas e de ônibus evitando reprovação em entrevista de emprego pela falta de cursos.