Indiciados pela greve dos caminhoneiros de 2018 são condenados

Greve dos caminhoneiros em 2018. Rodolfo Buhrer/Reuters

Os réus são donos de transportadoras e tiveram pena de cinco anos de detenção

A greve de 2018 deixou um marco na história dos caminhoneiros e do Brasil; porém, ainda após 5 anos, traz consequências para quem participou e ajudou de forma ilícita nos protestos.

Uma consequência não muito boa chegou a dois empresários que foram condenados por atentar contra a liberdade do trabalho em atos durante a greve.

Os réus são dois irmãos donos de transportadora, os empresários Vinícius Pellenz e seu irmão Marcos Pellenz. Eles foram condenados a 5 meses de prisão por terem organizado e financiado bloqueios durante a greve.

Retrospectiva 2018: greve dos caminhoneiros 

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A decisão foi tomada na sexta-feira (02), após um recurso da defesa do resultado dado em primeira instância. Advogados dos empresários pretendem recorrer novamente.

Em todas as investigações em relação à greve daquele ano, algumas pessoas também foram acusadas, mas por falta de provas acabaram não sendo indiciadas, ao contrário dos irmãos Pellenz, para os quais, segundo a 5ª vara Federal de Novo Hamburgo, houve provas suficientes para que a decisão fosse tomada contra os réus.

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Conforme as provas recebidas pelo processo, houve uma abordagem invasiva e retenção de veículos, forçando e obrigando os motoristas a pararem ou voltarem ao seu local de origem por meio de ameaças ou coação.

Segundo o Ministério Público Federal, a ação dos empresários ocorreu principalmente em vias do sul do país, como a BR-116, a ERS-122 e a ERS-452, provocando vários prejuízos para empresários da região que estavam com suas cargas sendo transportadas naquele momento.