Caminhoneiro preso injustamente receberá indenização do Estado após decisão judicial

Caminhoneiro que foi preso
Caminhoneiro Fábio Júnior Prates Rosa foi preso injustamente — Foto: Reprodução/TV TEM

O verdadeiro criminoso utilizou a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do motorista para se passar por ele e se livrar da prisão

O caminhoneiro Fábio Júnior Prates Rosa foi injustamente preso em abril de 2022 após um criminoso utilizar sua CNH como documento de identificação. A juíza Tatiana Pereira Viana Santos proferiu uma sentença a favor do caminhoneiro, determinando que a procuradoria geral do Estado de São Paulo pague uma indenização no valor de R$ 60.000,00 ao profissional.

Apesar de ter apresentado provas de que estava viajando com sua família no dia do crime, o caminhoneiro não obteve liberdade na audiência de custódia e passou três dias preso: um na divisão especializada de investigações criminais e dois no centro de detenção provisória de Rio Preto.

O verdadeiro criminoso foi preso ainda no mês de abril daquele ano e afirmou conhecer Fábio Júnior. Eles teriam estudado juntos e sido amigos na época da escola. O criminoso apresentou o documento do “amigo” sabendo que ele não tinha antecedentes criminais.

A sentença foi baseada nos danos materiais e morais sofridos pelo caminhoneiro, que ficou traumatizado com todo o episódio e precisou fazer tratamento psiquiátrico devido ao desenvolvimento de pressão.

A injustiça

No dia 16 de abril de 2022, o caminhoneiro Fábio Júnior foi preso injustamente pela Polícia Militar de São José do Rio Preto, acusado de ser o criminoso responsável pelo roubo de fios elétricos de caminhões de uma empresa de terraplanagem. A prisão ocorreu na frente de seus três filhos pequenos, pouco antes do feriado de Páscoa, quando ele havia retornado para casa para passar a data com a família.

Fábio já havia passado por uma situação semelhante alguns anos antes, porém, dessa vez, o equívoco não foi percebido de imediato, resultando em sua prisão. Na data do roubo, 31 de janeiro de 2022, Fábio estava em uma viagem com a família no estado de Santa Catarina, e os registros desse momento de diversão com os filhos e a esposa foram provas cruciais para comprovar sua inocência. Ele estava fora do estado onde ocorreu o delito naquela data, mas isso não impediu sua prisão imediata como suspeito do caso.