Caminhoneiros podem iniciar uma greve após decisão do STF

Caminhões tanque
Caminhoneiros realizando greve com caminhão tanque Foto: Alisson J. Silva/Arquivo Diário do Comércio

Os profissionais apontam uma possível defasagem no valor do frete e colocam em pauta uma greve como forma de mediação

Os caminhoneiros estão em estado de alerta, podendo a qualquer momento entrar em greve, conforme indicação do Sindtanque-MG. O indicativo de paralisação vem após mudanças aprovadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que influenciam diretamente a categoria.

No último dia 30, o Supremo Tribunal Federal aprovou mudanças na lei do caminhoneiro, que incluem jornada de trabalho, repouso, descanso e parada obrigatória. Ao que parece, as mudanças não foram bem aceitas pelos caminhoneiros e seus representantes, que estão em reunião nesta quarta-feira (05) para definir pautas e possíveis indicações para uma greve.

Os profissionais apontam que, com a decisão do Supremo Tribunal Federal, o valor do frete pode sofrer uma defasagem de até 30% e aumentar a duração das viagens, que poderiam passar de 2 a 3 dias para 5 a 6 dias. Essa decisão afeta diretamente o setor agropecuário, o transporte de combustíveis e os próprios transportadores de materiais e produtos de consumo.

O principal ponto destacado pelos caminhoneiros e demais motoristas é a logística e a falta de infraestrutura das estradas e pontos de parada no país, que não permitem o descanso adequado conforme desejado. Isso muitas vezes gera prejuízo para os profissionais.

Com uma votação de 8 votos a 3, o STF alterou alguns pontos da lei do caminhoneiro no último dia 30, incluindo o tempo de espera para carga e descarga como jornada de trabalho, mas não considerou o tempo de descanso e intervalos intrajornada.

Aguardaremos a decisão dos profissionais das estradas, que podem entrar em greve ou realizar uma possível paralisação a qualquer momento.