A história dos caminhões Renault começou no século XIX com o nascimento de Louis Renault em 12 de fevereiro de 1877, em Paris, na França.
A família de Louis era rica, sendo detentora de uma famosa fábrica têxtil, mas Renault se encantava mesmo com a engenharia dos veículos a vapor de uma fábrica próximo a sua casa, aí nascia o sonho da montadora.
Aos 21 anos, com todo seu conhecimento e ajuda de alguns mecânicos, Louis conseguiu criar seu próprio veículo que recebeu o nome de voiturette.
Vendo que a criação de veículos poderia ser um negócio promissor, além de receber pedidos para fabricação de automóveis, Renault chamou seus irmãos, Marcel e Fernando, experientes em administração, e resolveram fundar a fábrica Renault Frères, irmãos Renault em português.
O primeiro automóvel a ser criado na empresa foi um veículo de carga, um furgão com capacidade de 250 kg usado para o transporte de leite na época.
Ele possuía três cavalos e meio de potência e a empresa decidiu se intensificar também em veículos de corrida, principalmente por Marcel ser um piloto nato, mas infelizmente acabaria morrendo em 1903 durante um acidente em uma prova.
Elevando a produção em 1908, já eram produzidos veículos com até 14 cavalos de potência e capacidade de carga entre 70kg e 3.500 kg, um marco para a época.
Foi também nesse ano que Fernando decidiu se afastar da empresa por motivos de saúde e acabou falecendo no ano seguinte, deixando o seu irmão arrasado e sozinho.
Do outro lado da cidade uma figura chave ajudaria a mudar os rumos da Renault no futuro que parecia estar entrando no fim após a morte de duas pessoas tão importantes para o projeto.
Marius Berliet vinha de uma família com menos recursos do que Louis, mas trabalhando no mesmo ramo têxtil. Os dois se pareciam muito em relação à paixão pela mecânica.
Marius chegou a confeccionar máquinas para o atelier de seu pai e também conseguiu construir o primeiro motor à combustão interna, posteriormente abrindo a sua companhia que teve um crescimento absurdo chegando ao ano de 1913 com uma fábrica gigantesca com mais de 5.000 m² sendo ocupada por 300 funcionários.
Renault e Louis seguiram respectivamente em suas fábricas e chegaram ao patamar de produção de caminhões cada vez mostrando mais excelência e dominância no assunto.
Mesmo em seus respectivos lugares as empresas ainda cresciam juntas no setor e na década de 20 conseguiram criar veículos como motores a diesel trazendo mais potência principalmente aos caminhões.
O que ninguém acharia que aconteceria novamente ocorreu. O mundo passava pelo início da segunda guerra mundial e a França foi praticamente dominada pelos alemães onde eles tomaram as fábricas de Marius e Renault para si e ambos foram destituídos dos seus cargos.
Quando a França conseguiu se livrar do domínio alemão, em meados de 1944, Luiz Renan não conseguiu voltar à sua fábrica e acabou preso acusado de colaborar com o inimigo.
Nesse momento sua saúde piorou tanto que acabou sendo levado para um hospital onde faleceu no dia 24 de outubro de 1944, aos 67 anos.
O legado de Renault continuou com sua empresa produzindo veículos e sendo agora administrada pelo governo francês juntamente com a empresa de Marius que foi cuidada pelo seu filho, Paulo, já que sua saúde também não estava tão boa.
Quando ocorreu a devolução do governo da empresa de Marius, também aconteceu da fábrica de Renault que ficou a cargo de seus funcionários virando uma estatal e dando continuidade ao sonho do criador.
Em 17 de maio de 1949 faleceu Marius Berliet, aos 83 anos. Mesmo com veículos de sucesso, as empresas sentiram o baque da morte dos seus criadores, mas continuam inovando até que uma surpresa aconteceu.
Em 1955 a Renault decidiu vender parte da sua divisão e os compradores foram as empresas Latil e a Somua, as três empresas formariam a corporação Saviem(Société Anonyme de Véhicules Industriels et d’Équipements Mécaniques’) sociedade anônima de veículos industriais e equipamentos mecânicos.
Em 1980 a Saviem e a Berliet(empresa de Marius) tiveram as marcas extintas e os modelos de veículos, principalmente caminhões, fabricados e comercializados pelas respectivas empresas continuaram a ser produzidos, mas agora vendidos com a marca Renault.
As duas empresas até tentaram se instalar no Brasil anteriormente, entretanto não tiveram sucesso principalmente a Berliet que teve grandes conflitos com o governo brasileiro da época.
A Renault até possui uma fábrica no Brasil, porém não comercializa caminhões. O máximo que temos de Renault em nosso país no setor caminhoneiro é a linha VM da Volvo.
Redação – Brasil do Trecho
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