A história da JSL é tão incrível quanto inspiradora. No Brasil, são inúmeros os grupos empresariais que foram fundados por imigrantes em situações de pobreza, que trabalharam incansavelmente dia e noite nos primeiros anos do negócio, sacrificando sua própria saúde pelo bem da empresa. A prioridade sempre foi investir no negócio, não em si mesmos.
A JSL segue esse padrão exemplar. Tudo começou em 1952, quando Júlio Simões chegou ao porto de Santos, vindo de uma pequena aldeia em Portugal. Sua determinação o levou a buscar uma oportunidade na empresa de transporte coletivo de seu tio Arthur, estabelecido no Brasil. No entanto, as circunstâncias o conduziram a uma jornada diferente.
Júlio tornou-se mascate, vendendo roupas em cidades do interior de São Paulo e Paraná. Esse trabalho o aproximou do transporte de cargas, levando-o a adquirir caminhões usados para transportar principalmente frutas e produtos de granjas. Em 1956, fundou sua própria transportadora, que logo se tornou uma referência no setor. Um de seus principais clientes na época era Leon, proprietário da Suzano Papel e Celulose, uma parceria que persiste até os dias de hoje.
O trabalho árduo e a qualidade impecável dos serviços oferecidos pela JSL foram fundamentais para o crescimento da empresa. Durante a década de 1970, a empresa diversificou suas operações e concentrou-se no transporte de ferro e aço, uma jogada estratégica que revelou-se acertada. A JSL conquistou a mineradora Vale como seu principal cliente individual, o que impulsionou ainda mais o seu sucesso.
Fernando Antônio Simões, o caçula dos seis filhos de Júlio Simões, ingressou na empresa em 1981, aos 14 anos de idade. Fernando trabalhou incansavelmente em diversos setores da companhia, o que lhe proporcionou um entendimento profundo das operações logísticas. Em 1986, tornou-se diretor operacional e, dois anos depois, assumiu a área comercial, que na época contava com cerca de 300 funcionários, 120 caminhões e 16 filiais.
A década de 1990 foi marcada por uma diversificação ainda maior das atividades da JSL, e Fernando Simões desempenhou um papel essencial nesse processo de crescimento e transformação. Em 2009, Fernando alcançou o cargo de presidente da empresa e, um ano depois, liderou um marco importante da história da JSL: a abertura de capital e a mudança da marca para JSL S/A. Esse movimento estratégico proporcionou à empresa uma maior visibilidade no mercado e permitiu a aquisição de recursos para investir em novos projetos e expandir suas operações.
A trajetória da JSL também foi marcada por perdas significativas. Em 2012, Júlio Simões faleceu em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, onde residia, aos 84 anos, devido a complicações cardiorrespiratórias. A vida dura que ele levou como imigrante, o esforço incansável que dedicou à construção do negócio, deixaram marcas, mas também foram responsáveis por moldar a cultura da empresa e o compromisso de seus descendentes com o trabalho árduo e a excelência do serviço.
Hoje, sob a liderança de Fernando Simões, a JSL é uma empresa bem diferente daquela fundada por seu pai. Embora o transporte de cargas tenha sido o ponto de partida, a companhia evoluiu consideravelmente. Os serviços dedicados se tornaram o principal negócio da empresa, representando cerca de 80% de sua receita. Esse segmento envolve operações customizadas de acordo com as necessidades de cada cliente, com soluções que vão além do simples transporte de mercadorias de um ponto a outro.
Um exemplo notável da diversificação da JSL é a aquisição da Movida em 2013, por 65 milhões de reais. A Movida é uma empresa de locação de veículos, e Fernando Simões viu nela um enorme potencial de expansão. Ao incorporar a cultura de excelência e serviços da JSL, a Movida cresceu significativamente, aumentando o número de lojas e veículos em seu portfólio. Essa investida estratégica provou ser um sucesso notável para a JSL.
Hoje, a Movida possui mais de 200 mil carros, um número realmente inacreditável. São tantos veículos que é impossível saber o número exato, considerando caminhões, cavalos mecânicos, veículos leves, ônibus e máquinas e equipamentos que trafegam em 21 estados brasileiros, Uruguai, Argentina e Chile. Além disso, a JSL possui uma subsidiária focada em disputas de concessões públicas, a ACS Brasil, e atua em mais de 16 setores da economia.
Fernando Simões é um líder atento à concorrência e à satisfação dos usuários. Ele está sempre buscando maneiras de inovar e melhorar os serviços oferecidos pela JSL. Sua visão e determinação garantem que a empresa continue a crescer e se destacar, mantendo o compromisso com a excelência e o legado deixado por seu pai, Júlio Simões.
A história da JSL é verdadeiramente inspiradora, um testemunho vivo de como a dedicação, o trabalho árduo e a busca constante pela excelência podem transformar uma pequena empresa em um gigante dos transportes.
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