A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu na última semana a Operação Arla-32, que, segundo a instituição, tem como objetivo “realizar o nivelamento do efetivo operacional na fiscalização de emissões de poluentes”. As fiscalizações aconteceram em Cáceres e Poconé, e durante a operação, diversos caminhões foram inspecionados.
Muitos deles foram abastecidos inadequadamente com o diesel S-500 ou sofreram adulteração do Arla-32. Como essas irregularidades configuram crimes ambientais de poluição, os veículos foram recolhidos ao pátio, ficando à disposição da justiça. Desde os primeiros dias de setembro, sete veículos poluentes foram retirados de circulação, de acordo com a PRF.
O Arla 32 é uma ureia líquida colocada no escapamento dos caminhões com o objetivo de diminuir as emissões dos gases que poluem o meio ambiente.
A sigla Arla significa Agente Redutor Líquido de Óxido de Nitrogênio Automotivo, e o número 32 faz referência ao nível de concentração da solução de ureia em água desmineralizada, que é de 32%. Essa solução líquida, destinada aos veículos com o sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR), auxilia na redução das emissões dos poluentes gerados na queima do diesel.
Desde 2012, o Arla é obrigatório no Brasil. A partir desse ano, os veículos pesados passaram a ser produzidos com a tecnologia SCR. Portanto, o Arla só pode ser utilizado nos veículos com a tecnologia SCR e jamais deve ser adicionado ao combustível. A proporção correta é de 1 litro de Arla para cada 20 litros de diesel. A quantidade de Arla colocada nos veículos nunca deve exceder a quantidade de diesel.
O teste abrange várias etapas, desde a visualização do painel até a retirada de amostra do componente e posterior análise com reagente para detectar a pureza do produto. Em um veículo com Arla 32 regular, na fiscalização, ao realizar a reação química com o reagente, a cor resultante deve ser azul, indicando a não contaminação por minerais.
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