Qual caminhão é melhor, bicudo ou cara-chata?

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Para alguns caminhoneiros, os caminhões bicudos são considerados mais seguros do que os “cara-chata”

Houve um tempo em que as estradas brasileiras eram dominadas pelos caminhões bicudos. Quem não se lembra do Scania 111 e 113, do Mercedes-Benz 1620 e do Volvo NL? No entanto, nos últimos anos, esse modelo de caminhão praticamente desapareceu do mercado. O último bicudo fabricado no país foi o Mercedes Atron 1635, cuja produção foi encerrada em 2020.

Mas por que os bicudos não são mais fabricados? Será que eles não eram tão bons quanto se pensava? O Youtuber do canal PL esclareceu esse assunto em um vídeo divulgado recentemente. Acompanhe os principais pontos tratados pelo Youtuber:

Os caminhões bicudos não foram proibidos no Brasil.

Este é o primeiro ponto a ser esclarecido, pois o fato de os caminhões bicudos terem deixado de ser fabricados pode levar muitos a pensarem que eles foram proibidos no país, mas não foi isso o que aconteceu. O que houve foi uma mudança no mercado baseada na resolução 210 do CONTRAN, publicada em 2006. Essa resolução passou a medir o caminhão considerando a cabine e os implementos como uma única medida.

Assim, foi estabelecido um limite máximo de comprimento para esses veículos. Como os caminhões bicudos são mais longos, as montadoras optaram por diminuir a cabine para aumentar a capacidade de carga dos caminhões.

Qual é o melhor?

Para alguns caminhoneiros, os caminhões bicudos são mais confortáveis e estáveis. De fato, eles são mais estáveis devido à maior distância entre eixos. Outro argumento dos amantes dos bicudos é que esse modelo é mais seguro devido à proteção adicional para o motorista em colisões frontais.

Embora isso faça sentido, profissionais da indústria de veículos pesados afirmam que essa é uma falsa sensação de segurança.

Atualmente, os caminhões “cara-chata” possuem mais recursos de segurança do que os antigos modelos bicudos, inclusive os testes de segurança são mais rigorosos. O fato é que cada tipo de caminhão tem suas vantagens distintas, e a melhor escolha será aquela que atender de forma mais eficiente às demandas de transporte, levando em consideração fatores como o tipo de carga, a distância percorrida e o ambiente de operação.