Petrobras comercializa combustível no Brasil 6% mais caro do que no mercado internacional

Petrobras comercializa combustível no Brasil 6% mais caro do que no mercado internacional
Foto: Procon-AM/Divulgação

A estatal não está acompanhando o mercado externo

A Petrobras enfrenta um dilema significativo, já que o barril de petróleo no exterior está ficando cada vez mais barato, enquanto os combustíveis no Brasil não refletem essa queda de preços.

Os valores da gasolina e do gás de cozinha permanecem inalterados desde meados de outubro, com apenas uma redução de R$0,27 no repasse para as distribuidoras do diesel, anunciada na última quinta-feira (07) e em vigor desde a sexta-feira (08). No entanto, essa redução é insuficiente quando comparada ao mercado internacional.

Atualmente, o barril de petróleo Brent, utilizado no Brasil, custa US$75,65, equivalendo a quase US$0,48 por litro. Convertendo para a moeda brasileira na situação atual, o litro do petróleo sai por R$2,37.

Em outubro, na última alteração nos preços dos combustíveis, quando a Petrobras reduziu o preço da gasolina para as distribuidoras e aumentou o do diesel, o barril de petróleo estava custando US$92,40, cerca de R$450,00. Desde então, o barril internacional teve diversas quedas no preço, mas o valor do combustível nacional permanece inalterado.

Apesar da equiparação nos preços do petróleo entre o mercado brasileiro e o internacional, as bombas ainda refletem essa diferença. Essa postura da Petrobras tem gerado revolta entre os motoristas brasileiros, sem nenhum pronunciamento sobre a gasolina e uma redução consideravelmente menor no diesel.

De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o combustível no Brasil está 6% mais caro do que no exterior, sendo comercializado internacionalmente pela Petrobras com essa mesma diferença percentual.

As perspectivas para o próximo ano em relação aos combustíveis não são otimistas, e em um cenário mais favorável, podemos, pelo menos, escapar de uma recessão global. No entanto, tudo dependerá de possíveis mudanças na cena mundial e dos próximos passos da Petrobras.