Caminhoneiros ameaçam entrar em greve em janeiro

Caminhoneiros ameaçam entrar em greve em janeiro
Foto: Reprodução / Alisson J. Silva/Arquivo Diário do Comércio

A decisão acontece após a volta da cobrança dos impostos federais sob o diesel

A ameaça de greve surge em meio ao retorno da cobrança dos impostos federais sobre o diesel, deixando insatisfeitos os caminhoneiros tanqueiros do estado de Minas Gerais.

O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) destaca que outro fator pode influenciar na decisão dos caminhoneiros tanqueiros mineiros de entrar em greve.

O início da cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) está agendado para o dia 15 de janeiro em Minas Gerais, coincidindo com um período em que grande parte da população ainda está lidando com os gastos das festas de fim de ano.

Os Tanqueiros

A paralisação de aproximadamente 3.000 caminhões pode interromper não apenas o tráfego, mas também afetar a distribuição no estado, causando potenciais escassez de combustível nos postos e gerando problemas em diversas operações logísticas, incluindo a entrega de encomendas, alimentos, suprimentos e outros produtos.

Mesmo com as mudanças, como a redução no valor do diesel, o retorno do imposto sobre o combustível pode ter um impacto substancial, podendo aumentar em até R$ 0,40 o litro do diesel. Esta cifra alarmante foi mencionada por Irani Gomes, presidente do sindicato dos tanqueiros em Minas Gerais.

Irani acrescenta que, atualmente, o diesel representa 40% da receita do frete dos caminhoneiros tanqueiros, um valor muito acima do ideal, que deveria situar-se entre 18% e 20%.

Para o sindicato, a isenção dos impostos federais sobre o diesel, ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro em 2022, foi um alívio para a categoria. No entanto, o retorno da cobrança desses mesmos impostos agora pode colocar os caminhoneiros em uma situação financeira difícil.

Diante das mudanças expressivas que ocorrem simultaneamente em janeiro, prejudicando o orçamento dos caminhoneiros, a única solução percebida pela categoria é uma possível greve. A paralisação, sem hora e data marcada, pode ocorrer a qualquer momento ainda neste mês.