Por que as caminhoneiras influenciadoras estão aderindo ao only fans?

Tal da loira, Juli Figueiró e Sheila Bellaver. Foto: arquivo pessoal

Elas garantem uma boa fonte de renda extra através da venda desse tipo de conteúdo.

Muitos caminhoneiros deixaram de se concentrar apenas nas estradas e decidiram encarar a vida como YouTubers, mas nos últimos anos uma nova “profissão” tem chamado a atenção, especialmente das motoristas, como uma fonte de renda adicional: as plataformas de conteúdo adulto.

Muitas caminhoneiras, que já eram conhecidas não apenas nas estradas, mas também nas redes sociais e principalmente no YouTube, decidiram investir na venda de conteúdo adulto em plataformas como OnlyFans e Privacy, onde elas são as protagonistas do conteúdo exibido.

Nomes que fazem sucesso na rede de vídeos, como Sheila Bellaver, Tal da Loira e Juli Figueiró, decidiram se aventurar no mundo da venda de vídeos e fotos adultos.

Quanto elas faturam?

Em outros países, também há adesão de caminhoneiras a esse tipo de conteúdo, como no caso da inglesa Shannon Pettinger, que já conseguiu comprar um caminhão novo com o dinheiro conquistado produzindo conteúdo para a plataforma. Os sites foram criados em outros países, como nos Estados Unidos, e o pagamento é feito em dólares. Em um deles, o mínimo para uma pessoa conseguir assinar é de US$ 50 (cerca de R$ 250 na cotação atual).

No Brasil, uma pioneira nesse segmento foi a cantora, dançarina e influenciadora digital Mc Mirella, que revelou em um podcast faturar mais de um milhão por mês apenas com esse tipo de conteúdo.

As caminhoneiras que publicam esse tipo de conteúdo afirmam que a profissão de caminhoneira é solitária e veem nos homens do transporte um público-alvo para se tornarem seus futuros assinantes, garantindo a diversão dos motoristas.

Caminhoneiras e motoristas discordam da relação entre conteúdo adulto e a profissão

Por outro lado, muitos discordam e não gostam da profissão de caminhoneira estar relacionada a esse tipo de conteúdo, garantindo que jamais fariam algo assim.

Aline Füchter, uma caminhoneira bastante conhecida nas redes sociais, afirmou que vem sofrendo com perfis falsos relacionados à sua imagem. Ela estava sendo acusada de criar uma conta e, quando os assinantes entravam, não havia nenhum conteúdo, mas ela garante não ser ela. Em sua conta do Instagram, ela enfatizou que não vende vídeos ou fotos e trouxe à tona a frase “Sou caminhoneira e não uma farsa usando a profissão para outro propósito”.

Outras caminhoneiras apoiam o pensamento de Aline, assim como alguns caminhoneiros que destacam não compactuar com a ideia de que a profissão das estradas, que é bastante difícil, seja relacionada à venda de fotos na internet visando um ganho fácil.

Comparação

O dinheiro é o que mais atrai as caminhoneiras que decidiram entrar nesse mundo das plataformas de conteúdo adulto, um ganho rápido e fácil garantido com poucos cliques, onde as motoristas podem ter perfis em todas as plataformas que desejarem.

Algumas produtoras desse tipo de conteúdo afirmam que as pessoas comparam o que elas produzem com atividades pornográficas, porém uma coisa é distinta da outra. Já as que são contra essa relação com a profissão de motorista garantem que é a mesma coisa e que jamais fariam.