Buscas avançam no rio Tocantins e número de vítimas localizadas sobe para seis

Bombeiros realizando buscas na ponte JK. Foto: reprodução

As operações de busca no Rio Tocantins avançaram após a liberação de mergulho na última quarta-feira (25), levando à localização de mais dois corpos das vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido no domingo. Até agora, seis vítimas foram encontradas, enquanto outras 11 permanecem desaparecidas.

Os esforços de resgate mobilizam bombeiros do Maranhão, Tocantins e Pará, além de mergulhadores da Marinha. Nesta quinta-feira (26), as buscas continuam com o apoio de embarcações equipadas com o Sonar SideScan, usado para localizar os veículos submersos. Especialistas em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica também estão no local com equipamentos específicos para detectar vapores tóxicos, monitorar e, se necessário, descontaminar materiais resgatados e o pessoal envolvido.

Cautela com Materiais Perigosos
Entre os veículos que caíram no rio estão três caminhões carregados com cargas perigosas: 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto altamente corrosivo. Apesar do vazamento de ácido sulfúrico ser considerado irrelevante até o momento, todas as precauções estão sendo tomadas para garantir a segurança das equipes e o mínimo impacto ambiental.

A Agência Nacional de Águas (ANA), em parceria com órgãos de saúde e meio ambiente dos estados do Maranhão e Tocantins, informou que análises contínuas serão realizadas até que a carga química seja retirada do fundo do rio.

Investigações em Curso
Paralelamente às buscas, investigações e sindicâncias estão em andamento para apurar as causas e responsabilidades pelo desabamento da ponte, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins via BR-226. Três órgãos estão à frente das apurações: o Ministério Público Federal (MPF), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela via, e a Polícia Federal (PF).

O colapso da ponte, além das perdas humanas, gerou preocupação ambiental e colocou em evidência questões de infraestrutura que exigem respostas rápidas e efetivas.