Caminhoneiro Bernado ao lado do Deputado Ceslo. Foto: Rede Record
Em um relato angustiante, um consumidor compartilhou sua experiência de ser vítima de um golpe de estelionato envolvendo as lojas Pernambucanas, que resultou em cobranças indevidas e uma luta constante para resolver a situação. O caso, que começou com um funcionário da loja realizando compras fraudulentas utilizando os dados do cliente, acabou gerando um longo processo de cobranças, bloqueios de telefone e danos no score de crédito do consumidor.
Tudo começou quando Bernardo, um caminhoneiro responsável por sua família e com uma vida financeira estável, teve seu nome envolvido em uma fraude feita por um funcionário das Pernambucanas, identificado como Cléberson. O modus operandi do funcionário consistia em fazer um cartão de crédito utilizando os dados do cliente, alterando informações como endereço e celular para que as faturas não fossem enviadas ao verdadeiro titular. O mais grave é que o cliente nunca teve acesso ao contrato que estava sendo preenchido, uma prática que não é permitida pela legislação.
O golpe foi descoberto quando o cliente, ao tentar resolver a situação, se deparou com uma série de cobranças indevidas. Ele foi cobrado por um valor que não havia consumido, o que gerou um grande transtorno. Além disso, a vítima, ao tentar resolver o caso, enfrentou dificuldades com a loja e a empresa de cobrança, que continuaram a ameaçar o protesto de seu nome. Durante esse período, Bernardo recebeu mais de 47 ligações de cobrança, mesmo explicando que não devia nada.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as empresas são responsáveis pelos atos de seus funcionários e devem arcar com os danos causados. No caso de Bernardo, as Pernambucanas não tomaram as providências necessárias para corrigir o erro, o que agravou ainda mais sua situação. A empresa não conseguiu resolver o problema com os birôs de crédito (como SPC e Serasa), que continuaram a manter o nome de Bernardo negativado, prejudicando sua credibilidade financeira.
Além disso, a empresa não se responsabilizou pela falta de informações claras e pela prática de estelionato realizada por seu funcionário, que foi apenas demitido, mas não teve suas ações responsabilizadas legalmente. Isso expõe um problema grave no controle interno da loja e na responsabilidade das empresas pelos atos de seus prepostos.
A legislação brasileira é clara quando diz que os fornecedores de produtos e serviços, como é o caso das Pernambucanas, têm responsabilidade pelos danos causados por seus funcionários. A prática de estelionato, ao envolver o uso indevido de dados para obtenção de vantagens ilícitas, configura um crime que não pode ser ignorado.
No entanto, o que deveria ser um processo simples de solução, transformou-se em um pesadelo para Bernardo, que não só teve que lidar com a cobrança indevida, mas também com a violação dos seus direitos enquanto consumidor. O artigo 71 do Código de Defesa do Consumidor ainda estabelece que práticas abusivas como ameaças, coações e cobranças indevidas podem levar à detenção do responsável por até 1 ano, além de multa.
A situação de Bernardo não é isolada. Karina, outra vítima das Pernambucanas, enfrentou um problema semelhante e, após recorrer à justiça, conseguiu uma vitória. A loja foi condenada a pagar uma indenização pelos danos morais causados e se retratou oficialmente, resolvendo sua situação. Isso mostra que, quando pressionadas pela justiça, as empresas podem ser responsabilizadas pelas falhas no atendimento e pela má conduta de seus funcionários.
Apesar de todas as tentativas de resolver o problema, Bernardo ainda aguarda uma solução definitiva. Ele teve que enfrentar o desgaste de diversas ligações e cobranças, além de perder horas tentando fazer com que as Pernambucanas assumissem a responsabilidade pela fraude. No entanto, o caso segue em aberto e a pressão sobre a empresa aumenta, com a promessa de que medidas legais serão tomadas.
Como a situação ainda não foi resolvida de maneira satisfatória, Bernardo está buscando mais apoio para garantir que seu nome seja retirado dos registros de inadimplência e que a empresa seja responsabilizada pela fraude que prejudicou sua vida financeira. “Eles têm que resolver o problema, porque ninguém deve ser cobrado por algo que não fez”, afirmou Bernardo.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento conforme explicado em nossa
consulte Mais informação
Deixe um comentário