
Caminhoneiro fazendo sinal negativo Foto: Reprodução / Internet
A realidade dos caminhoneiros brasileiros está cada vez mais desafiadora. Nos últimos anos, a categoria tem sentido no bolso o impacto da alta dos custos de manutenção, combustíveis e pedágios, enquanto os fretes seguem em queda ou estagnados. O resultado é que, a cada dia que passa, o trabalhador leva menos dinheiro para casa e muitas vezes precisa prolongar a jornada, dirigindo dia e noite para conseguir suprir o orçamento familiar.
De acordo com relatos de profissionais da estrada, não é raro que motoristas rodem mais de 12 horas seguidas, ultrapassando os limites recomendados pela legislação, em busca de aumentar os ganhos. “Se a gente parar, não paga as contas. O frete não acompanha o custo do diesel, então a única saída é trabalhar mais”, conta um caminhoneiro autônomo que atua no transporte de cargas no Sudeste.
O cenário preocupa especialistas em segurança viária, já que a exaustão aumenta significativamente o risco de acidentes. Além disso, a saúde física e mental desses profissionais também fica comprometida. Distúrbios do sono, problemas de visão, dores na coluna e estresse elevado são cada vez mais comuns entre os caminhoneiros.
Para as entidades que representam a categoria, a defasagem do frete é um dos principais fatores dessa situação. “O caminhoneiro está sendo obrigado a sacrificar horas de descanso e até a própria saúde para manter a família. É urgente rever a política de fretes e fiscalizar os contratos firmados”, afirma um representante de sindicato.
Enquanto não há mudanças significativas, a rotina segue dura. Muitos motoristas relatam que, mesmo após longas jornadas, o valor líquido que sobra no final do mês mal cobre as despesas básicas. A incerteza sobre o futuro também alimenta um clima de desânimo entre os trabalhadores das estradas.
Esta postagem foi publicada em 16 de agosto de 2025 08:20
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