
Caminhões foram encontrados sem motoristas. Foto: Metropoles
Na sexta-feira (29), um dia após uma grande ofensiva nacional contra o crime organizado, autoridades descobriram 22 carretas carregadas com combustível abandonadas em um posto de Camaçari, na região metropolitana de Salvador. Destas, 13 pertenciam à G8Log, empresa de fachada usada para ocultar a frota do esquema investigado, conforme apurado por PF, MP-SP e Receita Federal.
Segundo os investigadores, G8Log Agro Ltda e Moska Log atuavam como parte de uma complexa articulação de empresas de fachada vinculadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), com o objetivo de lavar dinheiro, adulterar combustíveis e escapar da fiscalização. As carretas desapareceram logo após uma operação batizada de Carbono Oculto, que mobilizou 1.400 agentes federais em oito estados.
O esquema do PCC no setor de combustíveis é extenso: envolve usinas de etanol, terminais portuários, uma frota de 1.600 caminhões, mais de 2.500 postos de gasolina e movimentação de cerca de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Essas operações aprofundam a atuação da facção na lógica empresarial de importação, distribuição, e armazenamento de combustíveis com metanol acima dos limites legais.
A investigação, coordenada por PF, Receita Federal, ANP e Ministério Público, segue em curso para aprofundar a relação entre os veículos abandonados e a logística criminosa da organização, além de identificar o impacto real do abandono deliberado dos caminhões após a operação policial.
Esta postagem foi publicada em 1 de setembro de 2025 09:25
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