
Caminhoneiro triste na boleia Foto: Reprodução da internet
Nas estradas brasileiras, muitos caminhoneiros enfrentam um inimigo invisível: os transtornos mentais. Jornadas exaustivas, longe da família, pressão por prazos, alimentação irregular e poucas horas de sono não são apenas incômodos — eles têm impacto direto na saúde psicológica desses profissionais.
Relatos e estudos apontam que ansiedade e estresse se tornaram companheiros frequentes no volante. A solidão, consequência inevitável de dias seguidos na estrada, é um gatilho poderoso para depressão, insônia e outros sintomas emocionais. A pressão por cumprir entregas no prazo cobra seu preço: muitos motoristas recorrem a estimulantes ou “rebites” para se manterem alerta, o que agrava ainda mais o desgaste físico e mental.
Há sinais claros de alerta. Irritabilidade constante, sensação de cansaço extremo, dificuldade de concentração, pensamentos negativos ou até traços de isolamento social são indicativos de que algo não vai bem. Ignorar esses sintomas pode levar a complicações mais graves, inclusive comprometendo a segurança nas rodovias.
Entidades como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e organizações de psicologia do trânsito têm reforçado a importância do cuidado com a saúde mental dos caminhoneiros. A sugestão é que se adotem práticas como pausas programadas, alimentação adequada, exercícios leves durante as paradas e o fortalecimento do contato com familiares e amigos, mesmo que à distância.
O Setembro Amarelo é uma dessas iniciativas que ajuda a colocar em evidência o problema, estimulando amor-próprio, acolhimento e a busca de ajuda profissional. Porque manter o mental equilibrado é tão importante quanto manter o caminhão em bom estado: com a mente sã, a estrada pode ser mais segura para todos.
Esta postagem foi publicada em 16 de setembro de 2025 09:05
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