
Foto ilustrativa
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (9), a Operação Desvio de Rota, que resultou na prisão de um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de empresários ligados a um Centro de Remoção e Depósito (CRD) credenciado ao Detran no Rio Grande do Sul. A investigação aponta a existência de um esquema criminoso no recolhimento irregular de veículos em rodovias federais do estado.
Segundo as apurações, o agente da PRF recebia propina para direcionar o recolhimento de automóveis a um pátio específico, em conluio com os proprietários do estabelecimento. Os veículos, em muitos casos, nem sequer eram registrados no sistema oficial, o que causava prejuízos ao poder público e aos próprios motoristas.
A Polícia Federal estima que cerca de 1,3 mil veículos foram removidos de forma irregular, gerando um prejuízo aproximado de R$ 1 milhão. Além das prisões, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em diferentes cidades, recolhendo documentos e equipamentos que podem comprovar a fraude.
O esquema criminoso envolvia manipulação de guias, notas fiscais e registros, permitindo que veículos fossem retidos sem a devida comunicação ao Detran/RS, o que caracteriza corrupção ativa, corrupção passiva e falsidade ideológica.
O agente preso foi encaminhado à corregedoria da PRF e pode responder a processo administrativo disciplinar, além de responder criminalmente. Já os empresários investigados também serão responsabilizados pela participação no esquema.
A operação reforça a importância de mecanismos de compliance, fiscalização e auditoria em processos de remoção de veículos, visando evitar fraudes, desvio de recursos e prejuízos à sociedade.
Esta postagem foi publicada em 12 de setembro de 2025 08:10
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