Caminhoneiro

Caminhoneiro que simulou ameaça de bomba atuou como policial até 2006

O caminhoneiro Dener Laurito dos Santos, de 52 anos, que chamou atenção ao bloquear o Rodoanel Mário Covas (SP) por cinco horas com alegações de sequestro e bomba, foi indiciado por falsa comunicação de crime.

Investigações conduzidas pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Taboão da Serra revelaram que Dener confessou ter forjado toda a cena: ele mesmo montou um artefato explosivo falso, amarrou suas próprias mãos e ainda atirou uma pedra contra a carreta para simular agressão.

O caso ganhou ainda mais repercussão ao se confirmar que ele é ex-policial militar. Dener serviu no 22º Batalhão da PM, na zona sul de São Paulo, e foi expulso da corporação em 2006 por “atos desonrosos” e transgressão disciplinar grave, conforme registro no Diário Oficial.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a exoneração foi confirmada, mas os detalhes sobre os motivos da punição não foram divulgados.

Na versão inicial dada por Dener, ele alegou que teria sido dominado por oito criminosos, vítima de sequestro e obrigado a atravessar a carreta na pista do anel viário. No entanto, a investigação e o acesso às imagens do local mostraram que a história não se sustenta — não houve abordagem criminosa, segundo as polícias.

O indiciamento por falsa comunicação de crime reforça a gravidade das consequências para quem simula ameaças dessa natureza, especialmente em vias de alto movimento. A apuração segue em curso para determinar motivação real por trás da farsa.

Esta postagem foi publicada em 22 de novembro de 2025 07:51

João Neto

Nascido em Ceilândia e criado no interior de Goiás, sou especialista em transporte terrestre e formado em Logística. Com ampla experiência no setor, dedico-me a aprimorar processos de transporte e logística, buscando soluções eficientes para o setor.

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