Foto: Valter Campanto/Agência Brasil
Com o intuito de evitar a paralisação dos caminhoneiros, governo receberá em reunião na próxima semana, representantes da categoria.
Representantes do governo e da categoria se encontrarão na próxima semana
A reunião foi solicitada pelo deputado Nereu Crispim (PSL-RS) que é o presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas. Depois que a categoria decidiu, no último sábado, paralisar suas atividades em forma de protesto pelos constantes aumentos nos preços dos combustíveis.
O encontro ocorrerá na próxima quinta, às vésperas da greve programada para o dia 01 de novembro. Os representantes da classe dos caminhoneiros ratificarão a insatisfação com a atual política de preços adotada pela Petrobras em relação aos sucessivos aumentos no valor do diesel e de outros derivados do petróleo. A denominada (PPI) política de paridade internacional, que reajusta o valor dos combustíveis nas refinarias acompanhando as cotações do barril do petróleo no mercado internacional e na variação do dólar.
Crispim, representando a classe, comenta que os caminhoneiros exigirão que o governo deixe de adotar essa política ou institua um fundo para conter a alta dos combustíveis quando houver aumento no valor do barril de petróleo e do dólar.
Um projeto de lei de autoria do parlamentar Nereu Crispim, propõe que para arcar com os gastos desse fundo, a arrecadação de imposto de exportação de petróleo bruto seja usada como fonte de financiamento.
O parlamentar espera que a reunião possa mudar a ideia dos caminhoneiros sobre a paralisação nacional, mas frisou que a categoria tem toda a razão de realiza-la. Ele explica que como deputado, não é a favor da paralisação, que tem como desastroso exemplo o que ocorreu em 2018 e com aproximadamente 20% da população brasileira abaixo da pobreza, a situação seria pior ainda para eles, porém alegou que a nossa Constituição prevê que qualquer classe trabalhadora pode reivindicar seus direitos.
Crispim ainda complementou que precisamos ouvir o governo para saber se há alguma esperança para a solução desse problema, que é esse aumento desenfreado é péssimo e que mais nenhum caminhoneiro tem condições de fazer qualquer planejamento financeiro com resultado positivo.
Redação – Brasil do Trecho
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