No porto de Santos caminhoneiros pensam em deixar a profissão

Queda nos lucros vem desestimulando prosseguir com a profissão.

Vários caminhoneiros pensam seriamente em deixar a profissão

A alta dos preços dos combustíveis, a política que só faz aumentar, a vontade do governo de continuar a não intervir nos aumentos, dentre vários outros fatores que fazem com que os caminhoneiros pensem em deixar a profissão.

Profissionais do Porto de Santos desabafam que chegam a ficar fora de casa por meses para não levar quase nada para a família e muitos já pensam em desistir da profissão.

Os caminhoneiros alegam que a alta do diesel já não permite que eles tenham lucro e com isso não conseguem nem fazer mais as manutenções necessárias em seus veículos que caem aos pedaços.

Tristes e com um sentimento de derrota, eles alegam que o governo federal, como muitos outros governos anteriores simplesmente esqueceram da categoria e pouco fizeram para valorizarem seus direitos.

Caminhoneiros com mais de 35 anos de experiência agora procuram vagas em filas de emprego, juntando-se a milhares de outras pessoas desempregadas que desesperadamente, buscam sustentar suas famílias.

Não existe um projeto nacional que recupere o trabalho para os recém desempregados, que atraia mais investimentos para o país para que este volte a crescer. A venda das estatais fazem aumentar a fila do desemprego, sem ter uma alternativa para absorver o trabalhador que perdeu seu emprego.

Ao invés do governo federal investir nas refinarias criando alternativas futuras e a longo prazo de sustentação do poder de refino do nosso petróleo, que não produz somente combustíveis como gasolina e o diesel, mas vários outros subprodutos derivados também, porém as mesmas estão sendo vendidas para o mercado externo, perdendo não só empregos mas a nossa capacidade tecnológica e o crescimento no setor também.

É uma pena que tenhamos permitido isso, seguindo nesse cainho alegam vários líderes dos caminhoneiros, que participaram da greve geral de 2018 e que estão prestes a iniciarem uma nova paralização, face ao absurdo que nossos irmãos de estrada estão sendo obrigados a passar.

Os caminhoneiros autônomos alegam que os esforços deste governo, não trazem recompensas para quem quer seguir a profissão de caminhoneiro, tão pouco renovam a classe com a atração de jovens destemidos. O que fazem é desestimular toda uma cadeia produtiva que tende a ter prejuízos com os aumentos dos combustíveis, pois o consumo também diminui em todos os níveis.

Até as viagens mais rentáveis de longa distância para os estados como Mato Grosso e Rondônia, com fretes cobrados em torno de R$ 30 mil reais, já não compensam mais.

Um caminhoneiro morador de Santos considera essa vida de quem pega as estradas diariamente, sofrida e ingrata, pois já não tem mais perspectiva de um futuro melhor, afirma.

Mais uma vez devemos ser fortes e enfrentarmos o problema de frente, pois a vez das urnas está chegando e devemos colocar representantes de verdade, que protejam os desempregados com a renovação de novas vagas e trabalho, para que a economia volte a crescer também.

Redação – Brasil do Trecho – Com informações da : A Tribuna

João Neto

Nascido em Ceilândia e criado no interior de Goiás, sou especialista em transporte terrestre e formado em Logística. Com ampla experiência no setor, dedico-me a aprimorar processos de transporte e logística, buscando soluções eficientes para o setor.

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