A evolução da espécie. Veja a Scania 112, uma verdadeira lenda

Considerado o grande lançamento da montadora Scania na década de 80, o modelo 112 foi uma resposta em alto nível para a Volvo.

Foto: Reprodução da internet

Esse modelo foi lançado para superar a acirrada concorrência com a Volvo na época.

Um dos mais lendários e icônicos caminhões já vendidos no Brasil

Considerado o grande lançamento da montadora Scania na década de 80, o modelo 112 foi uma resposta em alto nível para a Volvo.

Ele veio substituir o lendário 111 jacaré e entrou para a história como sendo o mais icônico caminhão já vendido por aqui e trouxe um grande avanço em design e mecânica, além de diversas outras novidades.

Exatamente em 1981 a Scania encerrava a produção dos modelos conhecidos como “jacaré” e “LK” da série 1, dando lugar ao série 2, que vinha composta de duas linhas de cabines, a “R” avançada e a “T” recuada. 

Existia na época um consórcio de caminhão lançado pela montadora, “aquisição programada”, que facilitava a compra.

Por ser o modelo de cabine mais vendido no Brasil, o modelo “T” foi lançado primeiro. A curiosidade se dá também porque a empresa fabricante da cabine era a empresa Brasinca, a mesma que fabricava as cabines da Volvo e o motor utilizado foi herdado do modelo 111 um V8. Também acabava a pintura laranja da cabine, sendo oferecida em outras cores e combinações.

A cabine era uma peça única, conjunta com os para-lamas, sendo basculante. 

Um caminhão Scania T112 de 1984 foi o veículo número 50 mil a ser produzido pela Scania Brasil, outro fato bastante curioso é que também no mesmo ano, a Scania criou um T 112E 6×4 a álcool, destinado exclusivamente ao mercado canavieiro. 

Além do motor V8, que era muito bonito e potente, tinha também um mais potente o modelo 142. Ainda nesse mesmo ano de 1984, para as linhas subsequentes, a Scania 112 estreava outra grande novidade, o “Intercooler” que nada mais é do que um sistema resfriador de ar adicional para motores turboalimentados, que elevou o rendimento para 142KGFM a 1250RPM e 333CV a 2000RPM, possibilitando aumento da vida útil do motor e velocidades médias maiores para os caminhões. 

Para caber o resfriador sob o capô, foi necessário alongá-lo em mais 7 cm. Para a linha de 1989, a Scania apresentaria os 112 ainda mais potentes, lançando os clássicos modelos HW e o 6×4 EW. 

Dentre as opções de potências de motores nos modelos turbo, existiam os de 135.6KGFM a 1100 RPM e 303CV a 2000RPM e a segunda calibração, gerava 136.1KGFM a 1100 RPM e 310CV a 2000RPM. Já o turbo com intercooler tinha 161.6KGFM a 1050 RPM e 353CV a 2000 RPM e a segunda opção passou a gerar 162.1KGFM a 1050 RPM e 363CV a 2000 RPM.

No mesmo ano de 1989, na fábrica Scania de São Bernardo do Campo, foi produzido o caminhão de número 600mil da Scania em relação ao mundo inteiro e era um clássico T112HW. 

Após 10 anos de grande avanço da série 2 Scania, para a linha de 1991, que foi o ano do centenário mundial da marca, foi lançada uma série especial, a “Jubieum” (o jubileu de ouro) oferecida exclusivamente com cabine preta e chassis prateados, contendo adesivos em tom prata também, além da inscrição do nome da série. 

Nesse mesmo ano de 1991, o modelo 112 passava seu legado para a nova série 3, com a lendária 113, que além de outras melhorias herdava todas as características mecânicas lançadas e testadas pelo 112, que foi um grande divisor de águas no mercado de caminhões pesados brasileiros, um verdadeiro campeão de vendas, sendo considerado como um dos mais queridos do Brasil.

Assista ao vídeo e confira todos os detalhes dessa série icônica e toda a sua história!

YouTube video

Redação – Brasil do Trecho