Desde a aprovação da Cop26, que as montadoras do mundo inteiro estão focadas nas reduções de dióxido de carbono e CO2 em seus veículos.
A Toyota vem demonstrando que está antenada, propondo novas tecnologias que envolvem seus motores
O futuro vem exigindo das montadoras do mundo inteiro a redução de emissões de dióxido de carbono e CO2 em seus veículos.
Desde a COP26 – Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, que esse processo ganhou ainda mais força e sendo assim, novas tecnologias estão sendo apresentadas, como os veículos elétricos, híbridos, movidos a biocombustível e até hidrogênio.
A novidade foi a intensificação da fabricação de veículos elétricos, mas que para muitas pessoas, parece que algo ficou para trás, ou seja, a emoção de ouvir o som do motor!
Pelo menos até hoje, conforme o vídeo, os motores elétricos não trouxeram essa mesma emoção ao elevar sua potência a altas rotações.
Pensando no consumidor a Toyota trouxe uma nova proposta de motores movidos à combustão através do hidrogênio e com um excelente desempenho ambiental.
Em 2021 a Toyota anunciou que está desenvolvendo um motor 1.6 movido a hidrogênio de três cilindros em linha. No mesmo ano, ela colocou seu projeto em testes severos.
Na verdade a Toyota vem estudando esse processo de veículo movido a hidrogênio desde 2017, mas ainda sem previsão para começar a comercializar.
Akio Toyoda, presidente e diretor executivo da montadora japonesa, comentou que a Toyota “deu o primeiro passo para testar e desenvolver seu motor a hidrogênio, com a mentalidade necessária para enfrentar o desafio”.
“Imagino que as coisas parecerão um pouco diferentes daqui há 10 anos e espero que as pessoas olhem para trás e vejam como abordamos o desafio com positividade, aproveitando cada momento”.
O propulsor foi instalado em um carro similar ao Corolla esporte, feito para corrida. A combustão dos motores a hidrogênio ocorre sete vezes mais rápido que os a gasolina, resultando em boa responsividade, porém será necessário desenvolver uma injeção capaz de suportar essa queima.
O ronco do motor a hidrogênio traz de volta a mesma sensação de ouvir o motor a combustão. Trata-se do motor G16e-GTS turboalimentado, ou seja, o mesmo motor que equipa o Yaris GR movido a gasolina, porém modificado para o uso a hidrogênio, com injeção adaptada para o novo combustível.
Apesar de ter participado de corridas, o modelo ficou abaixo do esperado, daquilo que seria o ideal. Porém, o motor conceito da Toyota foi capaz de percorrer 1.634 km em 24h sem quebrar.
Basicamente o inovador motor da Toyota é alimentado por tanques de hidrogênio, comprimido a 700 bar de pressão. Seu princípio de funcionamento é muito similar aos dos motores a gasolina. Como um motor normal ele tem quatro tempos, ou seja, admissão, compressão, explosão e exaustão, tendo um sistema de injeção direta.
A explosão ocorre através do encontro do hidrogênio e do oxigênio, saindo apenas vapor de água pelo escapamento. A única emissão que o motor a hidrogênio pode gerar é o consumo do óleo do cárter, que seria mínimo e aprimorável com o tempo.
Assista o vídeo:
Alto custo é o grande obstáculo
O que mais está dificultando o avanço do motor movido à combustão de hidrogênio é o preço deste combustível. Usando combustíveis fósseis na obtenção do elemento químico, a produção do hidrogênio até poderia ser barata, mas por outro lado, ficaria fora do ponto de vista ecológico.
Então a solução seria o chamado hidrogênio verde, sem o uso de emissão de CO2 na produção.
A fim de reduzir os custos, em 2021 a Toyota iniciou a industrialização e produção de hidrogênio verde, ou seja, somente através de energia renovável. O hidrogênio verde foi usado no Corolla esporte na corrida de 24h, que mencionamos anteriormente.
Além do motor a combustão de hidrogênio, existe também a alimentação de motores elétricos com célula de combustível a hidrogênio.
Quando o hidrogênio encontra o oxigênio é gerado eletricidade para os motores elétricos, dispensando o uso de pesadas baterias.
Este é o caso do Toyota Mirai, um elegante sedan que é comercializado pela Toyota desde 2015, pioneiro como veículo movido com célula a hidrogênio.
A Toyota acredita que isso representa o início de uma nova geração de veículos elétricos. Com o lançamento da 2ª geração do Mirai, passamos para o próximo estágio da evolução, afirma a montadora, empurrando os limites do potencial do hidrogênio para a mobilidade limpa.
É um carro com design verdadeiramente desejável e com desempenho impressionante. Sua autonomia é estendida graças a um sistema de célula de combustível totalmente redesenhado.
No entanto é fácil reabastecer, colocando o motorista de volta na estrada em apenas alguns minutos.
Toyota e Yamaha, juntas pela combustão a hidrogênio
No início de 2022 a Toyota e a Yamaha anunciaram uma parceria para desenvolvimento de um motor V8 de cinco litros e 450 cv. Apesar de ser famosa por suas motocicletas, a Yamaha já produziu muitos motores para automóveis, inclusive motores para equipes da Fórmula 1, como Brabham e Jordan.
O projeto é baseado no motor de cinco litros do esportivo RCF da Lexus, divisão de luxo da Toyota, mas com modificações nos injetores, cabeçotes e nos coletores de admissão.
Yoshihiro Hidaka, presidente mundial da Yamaha, diz que “os motores a hidrogênio abrigam o potencial de serem neutros em carbono, mantendo nossa paixão pelo motor de combustão interna viva”.
“A união de empresa com diferentes culturas corporativas e áreas de especialização, bem como o aumento do número de parceiros que temos é como queremos liderar o caminho para o futuro”.
Utilizar o hidrogênio é uma maneira de manter os motores a combustão e sem o impacto dos motores a gasolina ou outros combustíveis fósseis.
Imagine daqui a cinquenta anos um Maverick com o hidrogênio revivendo seu motor V8, não seria demais?
E você o que acha? Qual a sua opinião sobre os motores elétricos e a nova tecnologia de motores a combustão de hidrogênio, proposta pela Toyota?
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Redação – Brasil do Trecho
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