Uma das empresas do setor ferroviário mais aclamadas do século passado teve um fim triste e improvável. Estamos falando da Mafersa, importante fabricante de material ferroviário que dominou o setor entre as décadas de 40 e 90.
A empresa começou suas atividades com a fabricação de materiais ferroviários e se expandiu com a criação de veículos para esse setor posteriormente.
Durante toda sua história enfrentou diversos problemas, entre eles um que viria a ser a sua pedra no sapato, a forte retração do mercado no início da década de 80. Essa fase fez com que a empresa focasse seus produtos em transporte coletivo urbano, diversificando o seu mercado.
Para entrar de vez nesse tipo de setor, lançou em 1989 o primeiro ônibus rodoviário. O veículo tinha 290 cavalos de potência, suspensão pneumática, motor traseiro Cummins e monobloco.
Batizado de MR-1320, o veículo tinha muitos itens que valorizavam sua criação, incluindo conforto e potência, mas não agradou ao mercado, sendo um fracasso de vendas.
A empresa fabricou um veículo sobre pneus 100% nacional e pode rodar nas ruas de São Paulo após uma licitação. Intitulado de trólebus, ele teve uma versão articulada que acabou apenas dando dor de cabeça já que não foi adquirido.
A partir daí a Mafersa começou a produzir veículos movidos a diesel como os modelos do M-210 que possuíam 12 metros de extensão, além de material com alta resistência a corrosão.
Infelizmente o fim dessa era se deu de forma trágica. Com problemas no transporte público e lançamentos de novas produções que não vingaram, a Mafersa começou a decretar seus primeiros indícios de falência em 1995 e acabou por demitir seus 1.820 colaboradores encerrando todos seus trabalhos que ainda estavam ativos.
A empresa tentou se reerguer meses depois atuando em Minas Gerais, porém não obteve êxito e decretou falência total com a venda dos seus veículos. O que fica até hoje é o seu legado e história no setor dos transportes.
Redação – Brasil do Trecho
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