Ser a única é o pontapé inicial para que outras possam vir e garantir o lugar da mulher onde ela quiser. Leonice sabe muito bem disso pois é a única caminhoneira interestadual do estado do Acre.
Há 4 anos ela trafega levando artesanato do seu estado para os quatro cantos do país não se intimidando por a profissão ser taxada como masculina e as mulheres sofrerem um certo preconceito.
A caminhoneira, de 45 anos, tem a profissão de berço já que seus irmãos, seus tios e o seu pai tinham a mesma profissão e agora seguem os passos da família sendo a primeira mulher entre os parentes a fazer isso.
Mesmo enfrentando dificuldades com viagens muito longas, onde passa mais de 20 dias longe de casa, o coração aperta em ficar longe do marido e do seu filho de apenas 5 anos, mas a paixão de viajar e ainda conhecer outros lugares vale muito a pena.
Eunice dirige o caminhão do programa do artesanato brasileiro(PAB) criado em 1991 para estimular o artesanato no Brasil e valorizar o trabalho manual também trazendo rentabilidade e promovendo a cultura entre os povos.
Além de contribuir para esse programa, a caminhoneira ganhou uma grande bagagem em seu currículo profissional e cultural conhecendo mais de seis estados brasileiros na entrega das mercadorias.
Leonice conseguiu conciliar a paixão pelos caminhões com a sua renda já que encontra os dois sendo caminhoneira. Apesar de todos os perrengues que enfrenta em suas viagens, ela diz ser gratificante fazer o que gosta e ainda ganhar por isso.
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