Basta alguns minutos de conversa com os caminhoneiros para perceber o quanto boa parte desses profissionais está insatisfeita com o trabalho. E não é porque eles não gostam da profissão, mas sim devido à desvalorização que têm sofrido há muito tempo.
Nessa perspectiva, estima-se que haverá falta de caminhoneiros no Brasil nos próximos anos, pois uma pesquisa realizada pelo Instituto Paulista de Cargas (IPTC) revelou que até 2026, 30% dos caminhoneiros empregados devem se aposentar. Outro fator preocupante é que o número de habilitações para motorista de caminhão vem diminuindo ano a ano desde 2015.
Em entrevista à Revista Carga Pesada, a coordenadora do IPTC, Raquel Serini, afirmou que falta jovens na profissão de caminhoneiro. Segundo ela, a faixa etária dos motoristas está entre 51 e 60 anos. Isso é um problema, pois se os profissionais estão envelhecendo e se aposentando, quem ocupará o lugar deles?
Serini vê o ingresso de mulheres na categoria como uma boa notícia. O público feminino tem se interessado cada vez mais pela profissão e, enquanto muitos homens estão deixando o volante, muitas mulheres têm ocupado essas vagas. No entanto, ainda falta muita infraestrutura para elas, como um local apropriado para fazer sua higienização pessoal e a questão da segurança nas estradas.
O fato é que, se não houver uma valorização da profissão com melhor infraestrutura, segurança nas estradas, respeito aos motoristas por parte de empresas e órgãos de fiscalização, uma boa remuneração e reconhecimento, faltará caminhoneiro nos próximos anos. Quem sabe assim, o governo e as empresas sejam obrigados a adotar medidas a favor desses profissionais.
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