Por que a Scania fracassou nos Estados Unidos?

Por que a Scania fracassou nos Estados Unidos?
Foto: Reprodução / Internet

A marca sueca não consegui o sucesso que almejava nos EUA como teve em locais como Brasil Europa

A prestigiada fabricante sueca de veículos pesados, Scania, que alcançou notável sucesso em mercados como Brasil, Europa e Ásia ao longo de mais de 100 anos, enfrentou um dos maiores fracassos de sua história ao tentar conquistar o mercado norte-americano.

Inicialmente, a Scania tentou estabelecer sua presença nos Estados Unidos por meio de uma parceria com a Mack, uma empresa líder na criação de ônibus e caminhões no país. Essa colaboração, que durou 12 anos, resultou em muitos caminhões da Mack equipados com motores da Scania, demonstrando certo êxito. Impulsionada pelo sucesso, a fabricante sueca decidiu dar um passo adiante.

Com o sonho de conquistar a América, a Scania optou por comercializar seus próprios caminhões nos Estados Unidos, uma decisão que, infelizmente, resultou em um dos maiores fracassos da empresa. O mercado norte-americano, conhecido por sua exigência, viu a Scania inovar ao introduzir modelos de cabine reta, enquanto os caminhões convencionais eram mais preferidos pelos consumidores locais.

A aposta em modelos como o 143 e o 113, que já haviam conquistado prestígio no Brasil, não foi bem recebida pelos norte-americanos. Além disso, a configuração V8, que havia sido um sucesso no Brasil, não conseguiu conquistar a mesma aceitação nos Estados Unidos.

A tentativa de sucesso nos Estados Unidos resultou em um grande revés para a Scania. Os veículos da marca não agradaram ao público local, gerando desconfiança no mercado norte-americano. Após apenas sete anos de presença no país, a Scania encerrou suas operações na América do Norte.

Essa empreitada acarretou consideráveis prejuízos para a Scania, que investiu significativamente na entrada no mercado norte-americano. A meta inicial de vender 200 caminhões por ano não foi alcançada, e a fabricante sueca registrou a venda de apenas 700 caminhões ao longo dos sete anos em que esteve presente no país.