A partir de 1º de maio, os caminhoneiros que não apresentarem comprovante do exame toxicológico poderão ser multados em qualquer região do Brasil.
Essa medida visa evitar que os motoristas usem substâncias químicas para dirigir por longos períodos sem descanso, como ocorreu recentemente em um caso registrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na ocasião, um caminhoneiro que seguia de Rondônia para Goiás foi abordado na BR-060, no município de Rio Verde.
O tacógrafo revelou que ele estava trabalhando por 40 horas seguidas sem descanso, além de serem encontrados comprimidos de estimulantes e uma porção de cocaína.
A legislação brasileira exige que todo caminhoneiro descanse pelo menos 11 horas entre as jornadas de trabalho. No entanto, uma pesquisa do Ministério Público do Trabalho mostrou que a maioria dos profissionais ultrapassa essa carga horária, e cerca de 1 em cada 5 admite o uso de substâncias químicas para suportar a rotina.
Em outro caso na BR-153, em Uruaçu, um caminhoneiro foi flagrado transportando 50.000 comprimidos de rebite. Ele confessou que receberia R$ 1.000,00 para levar a droga de São Paulo para o Tocantins. Além de privar o sono do motorista, o uso dessas drogas representa um sério risco para a saúde e segurança nas estradas.
A PRF está se preparando para multar os caminhoneiros que estiverem com o exame toxicológico vencido. A nova legislação entra em vigor em primeiro de maio, e apenas 15% dos 4,5 milhões de motoristas que precisam realizar o exame até o final do ano regularizaram a situação. O caminhoneiro que não fizer o exame poderá ser multado em R$ 1.467,35, além de receber 7 pontos na CNH.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento conforme explicado em nossa
consulte Mais informação
Deixe um comentário