Caminhão

O Scania 770 S V8: A Lenda

O poderoso veículo foi exposto  na última edição da Fenatran

A Lenda, tal como pode ser vista na Fenatran, completa 55 anos de existência do V8. Por isso, um caminhão estilizado para comemorar o fato. O 770 S é top, o máximo da potência disponível no Brasil. A cabine S também é a maior da marca, uma cabine de piso plano e, além dos reservatórios e compartimentos à esquerda e à direita, ela tem, também, um extra em baixo, no qual pode-se guardar o que for necessário dos dois lados.

O caminhão em exposição, estilizado, foi feito, por encomenda, para um cliente. É um 6×2 que pode receber a cabina S. Na versão R, é um 4×2. O 770 S é um 6×2 e o 770 R é 4×2. O 770 S pode ser equipado com suspensão Full Air, ar na dianteira e ar na traseira, tanto no 6×2 como no 4×2.

Com relação à transmissão, a partir de janeiro de 2025 haverá uma caixa nova. A família do Super 13 litros, que tem a G25 e a G33, para o V8 será a G38. Nesse caso, o 38 significa 3800 Newton/metros, cem Nm a mais que o torque do V8 que é 3700 no Scania 770. Assim, pode-se afirmar que o V8 continua em processo de evolução e, por isso, o V8 é a lenda.

O perfil do consumo doV8 no Brasil tem, em primeiro lugar, os apaixonados, ou seja, quem gosta do V8, que tem o modelo como um objeto de desejo. Há quem compre o modelo para transformá-lo em motor home.

O V8 é ideal quando o cliente precisa de velocidade de transporte e quer reduzir o tamanho da frota. Como o V8 mantém velocidade constante tanto no plano quanto em subidas e com a carga é possível, no caso de DMTs (Distância Média de Transporte) curtas, é possível, com o V8 reduzir o número de caminhões na frota. Isso se torna, inclusive, paradoxal pois tem-se um motor com muita potência e muito torque que se mostra econômico pela velocidade no transporte.

Um bom exemplo para o caso de DMT curta e necessidade de velocidade é uma safra de cana, que cobre um período determinado e que exige um volume de transporte grande durante um período do ano mas que se torna ocioso no resto do tempo. E se houver o agravante das chuvas, a necessidade de transportar com rapidez é maior para que se evite perdas. Nesse contexto, o V8 entra para transportar com rapidez e resolver esse problema.

No Brasil, o 660 vende mais porque é um caminhão cujo torque, 3300, resolve e é suficiente; o 770 vai mais para o lado da paixão. Assim, o 660 é mais para a operação e o 770 mais para a paixão.

João Neto

Nascido em Ceilândia e criado no interior de Goiás, sou especialista em transporte terrestre e formado em Logística. Com ampla experiência no setor, dedico-me a aprimorar processos de transporte e logística, buscando soluções eficientes para o setor.

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