CAMINHONEIROS FAZEM FILA NA BR 277
Uma estação de transbordo de grãos em Rondonópolis (MT), essencial para escoar a produção agrícola até o Porto de Santos, enfrenta um congestionamento significativo. Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANATC), cerca de 3,5 mil caminhões aguardam para descarregar a mercadoria, resultando em longos tempos de espera que podem chegar a 48 horas.
O problema logístico ocorre justamente no início das exportações de soja do Brasil. Em janeiro de 2025, os embarques caíram para 1,3 milhão de toneladas, uma redução expressiva em relação às 2,4 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês do ano passado. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) atribui essa queda às chuvas que prejudicaram a colheita, o fluxo de caminhões e o carregamento dos navios.
A Rumo, empresa responsável pelo terminal, reconheceu que houve filas no final de janeiro, mas afirmou que a situação já foi normalizada. Segundo a concessionária, o sistema de descarga funciona por agendamento prévio, e o descumprimento dos horários pelos caminhoneiros pode agravar as filas.
Além da lentidão na descarga, outro fator que preocupou o setor foi um incêndio registrado na unidade da Rumo em Rondonópolis na última semana. Apesar do incidente, a empresa afirmou que as operações continuaram normalmente, sem detalhar possíveis impactos.
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de soja, espera uma safra recorde de 170 milhões de toneladas em 2025. Mato Grosso, principal estado produtor, deve colher cerca de 47 milhões de toneladas. Com uma expectativa de embarque 7 milhões de toneladas acima do ano passado, gargalos logísticos como esse podem afetar a competitividade do país no mercado global, especialmente na disputa com Estados Unidos e Argentina pelo fornecimento de soja à China.
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