
Foto: Reprodução / Internet
Apesar de serem fundamentais para a economia do país, os caminhoneiros continuam enfrentando uma realidade dura: longas jornadas de trabalho, riscos constantes nas estradas e uma remuneração que muitas vezes não condiz com o peso da responsabilidade que carregam.
Com o aumento do custo do diesel, dos pedágios e da manutenção dos veículos, muitos profissionais relatam que o que sobra no fim do mês é pouco – ou quase nada. Em muitos casos, caminhoneiros autônomos rodam milhares de quilômetros por fretes que mal cobrem os custos da viagem.
“Você fica longe da família, passa dias na estrada, dorme mal, come mal e ainda recebe pouco. Tem mês que o lucro é menor que o prejuízo”, desabafa João Martins, caminhoneiro com mais de 20 anos de profissão.
Outro ponto que pesa no bolso dos motoristas é a falta de uma tabela de frete justa. Apesar da tentativa do governo de estabelecer um piso mínimo, a realidade é que muitos contratantes ignoram a regulamentação. Os caminhoneiros, sem opção, acabam aceitando fretes abaixo do ideal para não ficar parados.
Além da baixa remuneração, os riscos são constantes: assaltos, más condições das rodovias e problemas mecânicos em regiões isoladas fazem parte da rotina de quem vive na boleia. E, mesmo com todas essas dificuldades, a categoria segue com pouco apoio e visibilidade.
A falta de reconhecimento e valorização da profissão tem afastado novos profissionais. Muitos jovens, ao enxergarem as dificuldades enfrentadas por pais e avôs caminhoneiros, optam por outras carreiras. A consequência, alertam especialistas, pode ser grave para o setor logístico nacional nos próximos anos.
Enquanto isso, os caminhoneiros seguem firmes na missão de abastecer o Brasil, mesmo sem o devido retorno financeiro. A esperança da categoria é por políticas públicas mais eficazes, valorização profissional e uma estrutura que permita rodar com dignidade e segurança.
Esta postagem foi publicada em 10 de julho de 2025 09:35
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