
Foto: Reprodução / REUTERS/Adriano Machado
Durante uma abordagem de rotina a um caminhão-pipa em Guarulhos, no dia 14 de maio de 2023, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) desencadeou uma moldura investigativa que expôs um sofisticado esquema criminoso articulado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação revelou que empresas ligadas à facção importaram cerca de R$ 10 bilhões em nafta, hidrocarbonetos e diesel, enquanto sonegavam R$ 8,67 bilhões em impostos e adulteravam combustíveis distribuídos por aproximadamente mil postos entre 2020 e 2024.
As investigações, que se intensificaram com a “Operação Carbono Oculto”, mostram que o PCC utilizava os postos de combustíveis como meio de lavar dinheiro, manipular a composição dos produtos vendidos e ocultar suas atividades por meio do sistema financeiro. Apenas na região da Avenida Faria Lima — o centro financeiro de São Paulo — foram identificados ao menos 40 fundos de investimentos usados como fachada para transações ilícitas. Fintechs foram empregadas como “bancos paralelos”, com uma delas movimentando mais de R$ 46 bilhões, e boa parte dos recursos foi canalizada para vinis como 1.600 caminhões, usinas, imóveis e fazendas.
As investidas contra o esquema marcaram um dos mais extensos esforços institucionais do país, mobilizando aproximadamente 1.400 agentes e envolvendo mandados em oito estados. Até o momento, ao menos seis prisões já foram realizadas, além de bloqueios de bens e valores superiores a R$ 1 bilhão
Esta postagem foi publicada em 29 de agosto de 2025 10:16
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