
Radares eletronicos.
Desde 1º de agosto de 2025, os radares eletrônicos nas rodovias federais foram desativados por falta de recursos no orçamento, com previsão de neste ano cair de R$ 364 milhões previstos para R$ 43,3 milhões, um corte de cerca de 88 %. A medida afetou entre 4 mil a 47 mil km monitorados, dependendo da fonte. A Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito (Abeetrans) alertou sobre a impossibilidade das concessionárias manterem os radares sem os contratos e destacou a perda de arrecadação líquida para a União—mais de R$ 500 milhões—considerando que as multas somam mais de R$ 1 bilhão ao ano.
A juíza Diana Wanderlei, da 5ª Vara Federal de Brasília, determinou que o DNIT comunique as concessionárias em até 24 horas para colocar os radares em pleno funcionamento, conforme o Acordo Nacional dos Radares firmado em 2019. A negligência na execução da ordem resultará em multa diária de R$ 50 mil por radar inoperante, tanto para as empresas quanto para o próprio DNIT. Além disso, o órgão federal terá 72 horas para informar os impactos da paralisação (o “apagão de radares”) e cinco dias para apresentar um plano orçamentário para retomar integralmente o programa.
A juíza alertou que o desligamento dos radares poderia configurar improbidade administrativa ou crime de responsabilidade, além de contrariar a própria postura anterior do governo, que criticou o desligamento anunciado em 2019, e agora teria revertido sua posição, em uma ação considerada contraditória e retrógrada na proteção social.
Em resposta à ordem, o DNIT iniciou a emissão de ofícios às empresas e deu início, em 22 de agosto de 2025, à religação gradual dos radares. A autarquia defendeu a importância do Programa Nacional de Controle de Velocidade (PNCV) como uma ferramenta essencial para a redução de acidentes viários. O órgão também afirmou que a suspensão foi uma medida temporária decorrente dos ajustes orçamentários.
Esta postagem foi publicada em 23 de agosto de 2025 09:32
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