
Foto: Reprodução / Brasil Caminhoneiro
A escassez de motoristas profissionais vem se tornando um dos maiores desafios do transporte rodoviário no Brasil. Com o aumento da idade média dos caminhoneiros, a falta de renovação na categoria e as duras condições de trabalho, o país começa a enfrentar um cenário preocupante: o risco real de ficar sem motoristas suficientes para atender à demanda logística nacional.
Segundo entidades do setor, como a Confederação Nacional do Transporte (CNT), há mais de 100 mil vagas abertas para motoristas em transportadoras de todo o país. Muitas empresas relatam dificuldade para contratar profissionais qualificados, especialmente para rotas longas e transporte de cargas perigosas.
Entre os motivos apontados estão a baixa valorização da profissão, o alto custo para tirar as habilitações exigidas (como a categoria E e o curso MOPP), além da rotina desgastante nas estradas. “Hoje, o jovem não quer mais encarar o volante como profissão. São longas jornadas, riscos de assalto e pouco reconhecimento”, comenta um gerente de frota do interior de São Paulo.
Outro ponto que agrava o problema é o envelhecimento da categoria. A idade média dos caminhoneiros brasileiros ultrapassa 45 anos, e poucos jovens têm interesse em substituir os veteranos que estão se aposentando.
O impacto dessa carência pode ser sentido em toda a cadeia de suprimentos — desde o transporte de alimentos até o abastecimento de fábricas e postos de combustível. Com menos motoristas disponíveis, os prazos de entrega aumentam e o custo logístico tende a subir.
Especialistas defendem medidas urgentes, como programas de incentivo à formação de novos motoristas, melhoria das condições de trabalho e valorização salarial. Caso contrário, o país corre o risco de viver uma crise sem precedentes no transporte rodoviário, que é responsável por mais de 60% da movimentação de cargas no Brasil.
Esta postagem foi publicada em 21 de outubro de 2025 06:21
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