
Caminhoneiro fazendo sinal negativo Foto: Reprodução / Internet
A falta de motoristas de caminhão segue como um dos maiores gargalos logísticos do país, especialmente em Santa Catarina, onde empresas estimam perdas mensais de até R$ 30 milhões por conta da escassez de profissionais. Mesmo com programas de capacitação e incentivos, o avanço das melhorias para os caminhoneiros deve levar anos, segundo especialistas e entidades do setor.
O problema é que a profissão vem perdendo espaço entre os mais jovens, que buscam alternativas em áreas tecnológicas e com melhor qualidade de vida. Enquanto isso, nas estradas, quem ainda permanece enfrenta longas jornadas, insegurança, atrasos em fretes e uma remuneração que nem sempre compensa os riscos. Muitos motoristas afirmam que o desgaste físico e mental tem afastado novos trabalhadores e desmotivado até os mais experientes.
Entidades como o Setransc alertam que a falta de incentivos concretos e de reajustes adequados no valor dos fretes impede que as transportadoras ofereçam salários mais competitivos. Em paralelo, o aumento do custo de manutenção e combustível torna o trabalho autônomo cada vez menos viável.
Alguns programas estaduais, como o CNH Emprego na Pista, tentam formar novos profissionais, oferecendo a possibilidade de tirar ou ampliar categorias de habilitação. No entanto, o impacto dessas iniciativas ainda é considerado tímido diante do tamanho do déficit.
Para muitos empresários do transporte, a crise atual é apenas a ponta do iceberg. Se a economia voltar a crescer e a demanda por fretes aumentar, a falta de caminhoneiros pode atingir níveis críticos, afetando diretamente o abastecimento e o ritmo da recuperação econômica.
Enquanto isso, nas estradas brasileiras, o ronco dos motores vai ficando mais raro — e a esperança de ver melhorias concretas para os caminhoneiros, mais distante.
Esta postagem foi publicada em 30 de outubro de 2025 07:36
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