Transportadoras entram na mira por suspeita de sonegação fiscal

Agentes da Receita Federal em operação

Nos últimos dias, transportadoras de diferentes estados passaram a ser alvo de uma nova frente de investigação por suspeita de sonegação fiscal. O foco das apurações seria um esquema que envolve redução artificial de impostos, uso de notas frias e possíveis irregularidades na prestação de contas de fretes e serviços.

De acordo com informações preliminares, equipes de fiscalização vêm cruzando dados de emissão de documentos eletrônicos, movimentação de cargas e valores declarados, o que teria revelado discrepâncias significativas. Em alguns casos, as transportadoras apresentavam faturamento muito inferior ao volume real de operações, levantando suspeitas de ocultação de receita.

A ofensiva ocorre em meio ao aumento da vigilância sobre o setor, que movimenta bilhões por ano e costuma ser alvo de fraudes justamente pela facilidade de manipular informações relacionadas ao transporte de mercadorias. Investigadores afirmam que não há, por enquanto, confirmação de quantas empresas estariam envolvidas, nem do valor total que pode ter sido sonegado, mas admitem que o número tende a crescer conforme a análise dos dados avança.

Representantes do segmento afirmam que apoiam a transparência e cobram que as apurações sejam conduzidas sem generalizações, já que a maioria das transportadoras trabalha dentro da legalidade. Enquanto isso, empresas suspeitas podem enfrentar bloqueios, auditorias mais profundas e eventual responsabilização criminal e tributária.

A investigação segue em andamento, e novas diligências devem ocorrer nas próximas semanas, podendo ampliar o alcance do caso e apontar a participação de intermediários e consultorias fiscais.