
Caminhoneiro sem experiência. Foto: reprodução
Enquanto o Brasil enfrenta uma crescente falta de caminhoneiros, especialmente nas categorias de veículos médios e pesados, muitas transportadoras continuam priorizando apenas motoristas com ampla experiência. A prática, embora comum no setor, tem contribuído para agravar ainda mais a crise de renovação da mão de obra no transporte rodoviário.
Com o envelhecimento da categoria e a pouca procura da nova geração pela profissão, o país observa um descompasso: sobram vagas, mas faltam profissionais dentro dos requisitos exigidos pelas empresas. Em vez de investirem na formação de novos motoristas, muitas transportadoras optam por contratar somente aqueles que já possuem longas horas de estrada — algo cada vez mais difícil de encontrar.
Essa exigência cria um ciclo problemático: menos jovens entram na profissão, a mão-de-obra envelhece e, sem renovação, o mercado fica dependente de profissionais experientes que já não são suficientes para suprir a demanda. Além disso, a falta de incentivo para formação, salários pouco atrativos e jornadas desgastantes afastam ainda mais os novos candidatos.
Especialistas do setor afirmam que, para reverter esse cenário, será necessário que as empresas adotem programas de capacitação, estágios supervisionados, escolas de formação e políticas que tornem a profissão novamente atrativa. Sem isso, a tendência é que a escassez se intensifique e traga impactos diretos no abastecimento, nos prazos de entrega e no custo logístico do país.
Mesmo diante da crise, muitas empresas continuam resistindo a mudar a política de contratação — um fator que ajuda a explicar por que o problema cresce a cada ano, e porque o transporte brasileiro pode enfrentar um colapso de mão de obra se o mercado não se adaptar rapidamente.
Esta postagem foi publicada em 20 de novembro de 2025 08:58
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