É triste, mas muitos caminhoneiros ainda defendem o uso do rebite

Cartela de comprimidos encontrados com caminhoneiros. Foto: reprodução

É um assunto pesado e que sempre gera discussão nas estradas. Mesmo sendo perigoso e ilegal, muitos caminhoneiros ainda saem em defesa do uso do chamado “rebite”, uma substância usada para espantar o sono durante viagens longas.

Em comentários que circulam nas redes sociais e em grupos de estrada, alguns motoristas dizem que usam por medo de dormir ao volante. Um dos comentários mais comuns é que “é melhor usar rebite do que cochilar dirigindo e acabar matando alguém”. Outros afirmam que só usam quando acham necessário para aguentar a viagem.

Também tem quem diga que usa há anos e nunca teve problema. Segundo eles, o rebite acaba virando uma saída diante da pressão por prazos apertados, falta de descanso e longas horas ao volante.

Por outro lado, muita gente alerta que essa prática é muito perigosa. O uso desse tipo de substância pode causar mal súbito, perda de controle, alucinações e até acidentes graves. Sem falar que é proibido por lei e pode trazer sérias consequências para a saúde e para a vida de outras pessoas na estrada.

O debate mostra uma realidade dura da profissão. Muitos caminhoneiros se sentem obrigados a ir além do limite para cumprir entregas, mesmo colocando a própria vida em risco. Especialistas reforçam que o descanso é essencial e que nenhuma carga vale mais do que uma vida.

A discussão continua, mas fica o alerta: dirigir cansado ou sob efeito de substâncias é perigoso. O ideal é cobrar melhores condições de trabalho, mais pontos de parada e respeito ao tempo de descanso de quem vive na estrada.