Conforme a categoria a greve é necessária, pois os sucessivos aumentos do diesel, esta impossibilitando o trabalho. No 1º encontro no Rio de Janeiro, o comentário é que a greve será por 15 dias.
Com a greve prevista para o dia 1º e com a possibilidade dela durar por 15 dias, existe o risco de desabastecimento nos mercados, lojas e postos de gasolina e ainda outro agravante, o preço dos itens que já estão caros devido à inflação, devem aumentar mais ainda.
Da mesma forma como aconteceu na greve de 2018, a falta de produtos e o aumento da procura pode fazer com que os estabelecimentos se aproveitem da situação e aumentem os preços.
Além do mais é comum nesses cenários a população comprar mais itens do que precisam, com o propósito de estocar. E quem não tem as mesmas condições, pode ficar sem um produto essencial.
Encontro marcado entre o governo e a categoria, foi desmarcado pelo presidente Jair Bolsonaro e não foi oferecida nova data até o momento
Segundo Aldacir Cadore, caminhoneiro autônomo, integrante e administrador da página Comando Nacional do Transporte, “Não temos mais condições de trabalhar com esses sucessivos aumentos. O custo para os caminhoneiros está 150% acima do que era em 2020 e estamos trabalhando com o valor do frete de 2015”.
Estava previsto um encontro entre a categoria e o governo para esta semana, porém foi cancelado e não há outra data marcada pelo governo. Cadore afirma que não está havendo nenhum diálogo do governo com a categoria.
O presidente Bolsonaro e o atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, acreditam que tem a categoria sob controle, mas não é bem assim, comenta Cadore.
Greve nacional está mantida para o dia 01 de novembro e a previsão da classe e que dure por 15 dias
Na próxima segunda (1º) deve ocorrer a greve nacional dos caminhoneiros que reivindicam mudança na política de preços dos combustíveis, a defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete e o retorno da aposentadoria especial.
Não sendo atendidas as reivindicações, a greve dos caminhoneiros acontecerá. Na última reunião entre a categoria, que ocorreu no Rio de Janeiro, as associações dos motoristas decidiram que a greve será de 15 dias.
Segundo Cadore, líder caminhoneiro, todos os encontros desse governo relacionados ao transporte, fizeram com que as empresas ganhassem benefícios e o autônomo ficasse ainda mais desamparado. Cadore comentou que sendo assim, não adianta conversar com o ministro, o diálogo deve ocorrer diretamente com o presidente da república.
Um dos líderes dos caminhoneiros, Gustavo Ávila, declarou que é a favor da greve nacional do dia 1 de novembro. Segundo ele, com essa ação será possível cobrar do STF – Supremo Tribunal Federal a constitucionalidade da lei do Piso Mínimo de frete.
Essa lei dá a garantia do custo da operação de transporte, o que não está acontecendo neste momento com o aumento do combustível. Além disso, precisamos verificar e cobrar do Congresso Nacional outras reivindicações da categoria e que estão em tramitação, como o recolhimento do INSS.
Ávila foi mais um dos caminhoneiros que também votou em Bolsonaro. Diante disso, a greve terá como intuito fazer com que o atual presidente cumpra o que prometeu em campanha, alterando o preço do diesel de acordo com o real e não de acordo com o dólar.
“Continuar dessa forma não dá mais, não temos como nos manter, não dá mais para trabalhar, então vamos nos unir e fazer as reivindicações necessárias para a categoria”, informou Ávila.
Em nota, a CNTA – Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, comunicou que até o momento não existem informações a respeito da paralisação. Já a ABCAM – Associação Brasileira dos Caminhoneiros, informou que não apoia a ação da categoria.
Desde o dia 26 desse mês, a Petrobras começou a cobrar o novo valor do diesel e da gasolina. O litro da gasolina teve aumento de 7,04% nas refinarias e o diesel aumento de 9,15%. Segundo o presidente Jair Bolsonaro a alta é o reflexo do dólar e da política de oferta e demanda – política essa definida pela Petrobras em detrimento da categoria dos caminhoneiros e da população brasileira em geral.
Um levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), aponta nos postos que o preço médio da gasolina estava em R$ 6,36. Todavia, existem regiões que o combustível já esta sendo vendido por R$ 7,46, de acordo. A média do óleo diesel esta entre R$ 5,04 e R$ 6,42.
Redação – Brasil do Trecho
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento conforme explicado em nossa
consulte Mais informação
Deixe um comentário