Vejam quais serão os novos caminhos da Petrobras, segundo a própria estatal

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Sérgio Lima/Poder360

A Petrobras está se transformando em um movimento de mudança que afeta a companhia e a sociedade.

Quais são as principais estratégias da maior estatal brasileira?

Em 11 de junho de 2019 o presidente da Petrobras na época, Roberto Castello Branco, defendeu na Câmara dos Deputados que se mostrava favorável ao fim do monopólio da empresa e comentava que a companhia planejava as vendas de refinarias (08) para focar o investimento em exploração de petróleo em água profundas e ultra profundas.

Castello Branco é economista, ex-membro do conselho administrativo e ex-presidente da Petrobras no período de 03.01.2019 a 13.04.2021. Ele também foi:

Quais são as estratégias da atual presidência da Petrobras

A atual administração, sob a gestão do então presidente, Joaquim Silva e Luna, confirma o mesmo seguimento da estratégia da gestão anterior.

Joaquim Silva e Luna é um general da reserva do Exército. Foi ministro da Defesa entre 26 de fevereiro de 2018 e 1 de janeiro de 2019. Foi também o diretor-geral da Itaipu Binacional e é o atual presidente da Petrobras. 

De acordo com a atual gestão da estatal brasileira, a redução de investimentos em outras atividades, mantem o compromisso com a eficiência e a geração de valor em tudo o que fazem.

Alega ainda que a Petrobras precisa vender algumas unidades e pretende usar o recurso obtido para investir em outros projetos que geram maior valor. Alega que algumas unidades já não trazem o retorno esperado e, em alguns casos, demandam mais recursos para sua manutenção. Outras, relata que são rentáveis, mas ao comparara-las com outros projetos e unidades com maior potencial de geração de valor, acaba valendo mais a pena investir em outros ativos. A estatal alega que não possui recursos para investir em todas as frentes.

Informa que com as vendas, ajudarão a reduzir o endividamento, que ainda é muito alto. Enfatiza que atualmente ainda pagamos juros muito elevados. Eles consomem cerca de 35% do caixa que é gerado por nossas operações. Em comparativo, o que pagamos de juros por ano equivale a um sistema de produção de petróleo completo, envolvendo plataformas, sistemas submarinos e poços, capazes de produzir 150 mil barris de petróleo por dia e que poderia gerar uma receita anual de cerca de US$ 3 bilhões.

Conclui que como regra, empresas de commodities não devem ter dívida elevada já que são mais suscetíveis aos ciclos econômicos e à elevada volatilidade dos preços de venda dos seus produtos e que precisam igualar nossa dívida às das demais empresas do segmento para reduzir o nosso custo de capital e assim, torna-la mais competitiva.

O que os políticos entendem sobre a venda dos ativos da Petrobras, em especial suas refinarias?

(Resposta do Deputado Padre João, na época em 11.06.2019)

O governo do presidente Bolsonaro planeja para a Petrobras uma estratégia que ficará refém dos interesses financeiros internacionais. Concentra suas atividades no petróleo cru. 

O governo insiste em negar que o petróleo ainda é parte importante na geopolítica mundial? Por que executa ações imediatistas para diminuir o endividamento da empresa, porém comprometendo a empresa em médio e longo prazo, reduzindo suas receitas e seus ativos?

Acrescenta Padre João que as grandes petrolíferas do mundo procuram diversificar suas atividades.

Fonte: Agência Câmara de Notícias / Brasil do Trecho