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Caminhoneiro alega ter sido humilhado pela PRF

Ele apela às autoridades governantes para que tenham maior respeito com a categoria dos caminhoneiros.

Veja seu desabafo e o que está acontecendo com a maioria da categoria

Representando a categoria, esse caminhoneiro comenta sobre o que normalmente acontece nas estradas brasileiras, em especial pelas blitz que são realizadas muitas vezes com truculência e falta de respeito.

Ele inicia apelando para as autoridades, em especial o governo Federal, para que intervenha junto à cúpula da Polícia Rodoviária Federal, para que tenham mais respeito aos caminhoneiros, que trazem o alimento e todos os produtos necessários para a sobrevivência dos brasileiros, inclusive para as famílias do policias e governantes.

Uma vez, conta o caminhoneiro, ele foi parado por policiais que pediram para ele colocar as mãos na cabeça, apontando suas armas para ele e mesmo alegando que não era bandido, os policiais falavam para ele calar a boca e ficar quieto, revistando a carga para verificar se existiam drogas.

O medo e a vergonha tomaram conta dele naquele momento, pois ele comenta que muitas vezes isso ocorre em ambientes repletos de pessoas trafegando e vendo todo o ocorrido, sendo humilhante para as pessoas honestas, trabalhadoras, como a maioria dos caminhoneiros são, complementa.

Em outra ocasião, em Goiás ao invés de pegar a pista da direita que seria o tráfego autorizado para caminhões prosseguirem, ele alegou que por má sinalização da pista, acabou pegando a pista da esquerda, sendo abordado por três policiais que o chamaram de delinquente, bandido, dizendo que estava colocando a vida das pessoas em risco.

Mais uma vez envergonhado, comenta que os policiais deveriam ser treinados para lidar com situações como essas e não sair logo direcionando xingamentos, quando na verdade não cabia isso, pois ele julga ter cometido um erro sem querer e deveria ter sido apenas orientado educadamente e não abordado daquele jeito.

Além da humilhação, dos xingamentos, sendo tratados de forma inadequada, ainda existem os banheiros sujos, os pontos de parada inadequados, os baixos valores dos fretes, a insegurança nas estradas, de ter que ficar longe da família, empresas que sonegam direitos aos caminhoneiros, que não pagam horas extras, que não pagam benefícios como planos de saúde e odontológico que para outras profissões pagam, que deixam os caminhoneiros na frente das empresas por horas e muitas vezes dias para conseguirem carregar, sem darem sequer um copo d’ água, comida etc.

Além disso, ainda existem os donos dos postos de combustíveis que não permitem pernoitar, caso não abasteça naquele local. Os caminhoneiros são tratados como lixo, recebem pouco, mal dá para comprarem roupas para suas famílias e para eles próprios.

Os governantes poderiam fazer mais pela classe dos motoristas de caminhões, pois entra governo sai governo e nada fazem. Ele está quase largando a profissão, pois está cansado de ser humilhado e ser mal tratado de várias formas e perdendo a saúde.

Ele diz que antigamente ser caminhoneiro era uma profissão digna, mas agora está muito diferente. Ele ouviu dizer que o governo está querendo tirar os direitos trabalhistas, além do que já tirou como a aposentadoria especial para a categoria e daqui há pouco não vai sobrar nada para o caminhoneiro.

Pegar uma pessoa mal estruturada para fazer um serviço de frete, acaba causando acidentes, pois estão mal preparados, não tem dinheiro para fazer manutenções etc. Aquele que se revolta contra o governo acaba sendo taxado e perseguido, mas o que está acontecendo na verdade é um verdadeiro absurdo com a categoria.

A situação de insegurança nas estradas é outra coisa que faz com que os caminhoneiros pensem em deixar a profissão. Ele já foi roubado e obrigado a entregar seus pertences para um bandido e a empresa não pagou nada do que ele foi roubado. Para que existe a segurança pública, se eles não entram em determinados locais tomados pelos marginais, diz.

Outra situação que ele afirma é a convivência familiar, pois vem de outros casamentos destruídos pela situação, com fretes baixos, muitas vezes não conseguem trazer nem o alimento para seus entes queridos e a esposa acaba cobrando, mesmo eles tendo trabalhado muito.

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Mais uma vez ele afirma a falta de responsabilidade do governo que mesmo com todas as dificuldades existentes, pouco faz pela categoria, mas que consegue mesmo assim ter apoio político, mas apoio não coloca comida na mesa dos caminhoneiros, não paga suas contas e continuam vivendo com muitas dificuldades.

Redação – Brasil do Trecho

João Neto

Nascido em Ceilândia e criado no interior de Goiás, sou especialista em transporte terrestre e formado em Logística. Com ampla experiência no setor, dedico-me a aprimorar processos de transporte e logística, buscando soluções eficientes para o setor.

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