O novo diesel combina derivados de petróleo com óleo vegetal e promete redução de até 90% das emissões de gases de efeito estufa.

O diesel R5 foi testado em ônibus

Entre março e setembro deste ano, 4 ônibus foram abastecidos com 100 mil litros de diesel R5, distribuídos em 3 rotas diferentes.

A avaliação durou 6 meses, feita nos quatro ônibus da Auto Viação Redentor, em Curitiba.

Conforme a Petrobras, os testes demonstraram que não houve problemas de entupimentos do filtro, depósitos no sistema de injeção ou perda da potência dos motores. Em relação ao consumo, o diesel R5 não apresentou diferenças se comparado com o óleo diesel mineral.

Com isso, a petroleira concluiu que o novo diesel pode ser usado nos sistemas projetados para óleo diesel sem necessidade de qualquer modificação nos motores e na infraestrutura logística.

Diferencial do diesel R5

O grande diferencial do novo combustível é a capacidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sem precisar alterar os motores ou os sistemas logísticos já existentes.

Conforme a Petrobrás, o diesel R5 evitou a emissão de uma tonelada de CO₂ equivalente a cada 9,5 mil litros consumidos, aproximadamente, se comparado com o diesel atual.

Vantagens do diesel R5

Além reduzir as emissões de poluente na atmosfera, o novo diesel, também traz vantagens como:

• Facilita a introdução de tecnologias veiculares mais avançadas, necessárias ao cumprimento dos requisitos estabelecidos pelo PRONCOVE;
• Expande a oferta de produtos de baixo carbono aos consumidores;
•  Fomenta a evolução tecnológica dos processos de produção;
• Dispõe das mesmas características do diesel fóssil em questão de desempenho, mas não requer adaptações nos motores e instalações;
• Permite o crescimento do mercado de uso de óleos vegetais para combustíveis.

Video publicado pela Petrobras

Previsão de chegada ao mercado

Novos lotes do diesel R5 estão previstos para 2023 às empresas interessadas. A estatal disse que o mercado brasileiro está bastante interessado no novo produto.

Por isso foram feitos investimentos na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, visando produzir o R5. A produção do combustível se dá pelo processamento conjunto de matérias-primas renováveis que são: óleo de soja refinado, com óleo diesel mineral, sendo utilizado a unidade operacional já existente.

Segundo a estatal, essa tecnologia de coprocessamento já é utilizada na Europa e nos EUA, por se tratar da forma mais rápida e de baixo custo para se produzir combustíveis de baixo carbono no mercado.

Redaçao – Brasil do Trecho