Caminhoneiro

Piratas do asfalto atacam caminhoneiros na BR-116

Os motoristas acabam sendo vítimas de sequestros e roubos

Os piratas, figuras temidas por quem navega em alto mar, sempre estiveram associados a ações ilícitas em ambientes aquáticos, buscando vantagens financeiras às custas de marinheiros, pescadores e viajantes infortunados.

Contudo, uma nova ameaça surge em terra firme, mais precisamente nas estradas de transporte de cargas. Conhecidos como “piratas do asfalto”, esse grupo opera entre São Paulo e Paraná, ao longo da BR-116, onde motoristas de caminhão se tornam vítimas frequentes de sequestros e roubos.

Diferentemente de seus colegas marítimos, esses piratas do asfalto não usam navios, mas sim a vastidão das rodovias. Seu principal objetivo é lucrar, seja através do roubo dos caminhões ou da carga transportada.

Num trecho crítico de cerca de 30 quilômetros na Serra do Azeite, a quadrilha se organiza para atacar caminhoneiros, escolhendo o momento propício, independentemente de ser dia ou noite.

Nessa região com sinal de celular praticamente inexistente e escassa iluminação, os criminosos esperam pacientemente por qualquer distração do motorista, seja uma breve parada para ir ao banheiro, para então realizar o roubo da carga.

O cenário torna-se ainda mais grave quando o roubo não se limita à carga, e os criminosos optam por levar as vítimas como reféns, anunciando um sequestro e mantendo-as em cárcere privado.

A falta de sinalização e a escuridão favorecem essas ações, tornando o trecho um terreno propício para as investidas dos piratas do asfalto, deixando os caminhoneiros vulneráveis a essa ameaça crescente.

João Neto

Com uma vasta experiência no setor de logística e transporte rodoviário de cargas, adquiri um profundo conhecimento das necessidades e desafios enfrentados pelos caminhoneiros em sua rotina diária.

Deixe um comentário
Publicado por
João Neto